CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





sábado, 6 de abril de 2013

O CASO “MARCO FELICIANO”


Acerca da situação de Marco Feliciano, gostaria de registrar a minha opinião. Em primeiro lugar, sustento que Feliciano não representa os evangélicos históricos. Para falar a verdade, não existe representação para o povo verdadeiramente evangélico. Não “somos do mundo”, mas “somos peregrinos”, somos como “ovelhas no meio de lobos”. A igreja de Jesus não busca defender seus interesses com armas carnais, como a política, mas proclama a Palavra divina e resiste profeticamente ao mal. Ela não deve ser passiva, mas não milita segundo o mundo. Cabe ao povo de Deus “tocar a trombeta em Sião” e “perturbar os moradores da terra”, sendo a consciência para um mundo sem consciência. Como disse Dietrich Bonhoeffer para a Igreja Confessante (que resistiu ao nazismo alemão): “Confessa, igreja, confessa!”.
            Em segundo lugar, eu não simpatizo com Feliciano como “pastor”. Não aprovo muitos de seus ensinos e práticas, assim como lamento algumas de suas ações sobre as quais não me interessa falar.
            Apesar de todas as observações acima, entretanto, coloco-me contra os seus opositores nessa questão da presidência da Comissão de Direitos Humanos. Sou contra os seus motivos e suas manifestações de intolerância. O movimento homossexual organizado (não necessariamente o indivíduo homossexual) é marcado pela tirania ideológica. Muitos de seus líderes são megalomaníacos, acreditando que o homossexualismo tem alguma coisa a ver com algum tipo de superioridade intelectual. Esse movimento quer subverter as instituições, degradar a família e remover os elementos cristãos da sociedade.
            O triunfo do Movimento Homossexual promoverá a libertinagem sexual e a exposição das crianças a cenas públicas indecentes. O desejo desse movimento é calar a boca dos pregadores para que não denunciem a sodomia. Já houve, inclusive, decisões judiciais para remover a simples exibição de um texto bíblico do livro de Gênesis que asseverava ter Deus criado a humanidade como macho e fêmea.
            A manifestação contra Feliciano revela a intolerância do movimento homossexual, que não suporta a dialética da democracia. Os mentores desse movimento não respeitam os procedimentos legislativos e querem inviabilizar o funcionamento da comissão enquanto ela não estiver em acordo com a sua vontade.
       Quanto a Feliciano ser racista, isso não faz sentido. Ele pertence ao movimento pentecostal, um movimento iniciado por negros nos EUA. Além disso, a igreja pentecostal é a igreja mais negra do Brasil. Em muitos vídeos, pessoas afrodescendentes oram ou “profetizam” sobre Feliciano.
         Há muitas coisas a serem alegadas contra Feliciano, mas não as que tem sido mais mencionadas e nenhuma delas é um obstáculo formal ao exercício do seu cargo.
           Não sou um “aliado” de Feliciano e acho que os seus trabalhos legislativos devem ser acompanhados com cautela e vigilância, como os de qualquer outro político. No entanto, as forças mobilizadas contra ele são muito perigosas e muita gente não reflete sobre isso.
             
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

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