CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





domingo, 4 de outubro de 2015

EXISTE HOMOSSEXUALISMO ANIMAL?

Um amigo me escreveu hoje à tarde pedindo explicação sobre "homossexualismo entre animais". Como biólogo, neuropsicólogo e psicanalista, sabendo que esse assunto tem sido objeto de muita falácia e de mentiras, e que essa dúvida é, também, de outras pessoas, resolvi expor meu comentário a quem mais se interessar, com algumas adaptações...
EXISTE HOMOSSEXUALISMO ANIMAL?
A reposta é NÃO.                             
Não existe "homossexualidade" no mundo animal. Essa conversa é invenção ideológica de um movimento político que ganhou a simpatia de parte do establishment acadêmico, só isso.
A homossexualidade é uma atração sexual, erótica, por pessoas do mesmo sexo, ou seja, é essencialmente um desejo, uma conduta erótica induzida e aprendida, embora suas causas sejam ainda objeto de muita discussão.
Por exemplo, não há homossexualidade entre crianças, pois crianças não têm erotismo, não manifestam desejo sexual, exceto aquelas deformadas por erotização precoce induzida por adultos - ou seja, abuso. Meninos com gestos "afeminados" ou que gostem de brincar ou de vestir coisas de mulher é um outro assunto, e nada tem a ver com homossexualidade - o homossexual NÃO É um homem com "alma feminina", nem mulher com "alma masculina", como alguns acham, pois muitos homossexuais não querem ser do outro sexo, nem mesmo os travestis querem ser do sexo oposto - querer ser do sexo oposto é um transtorno comportamental chamado transsexualismo, que não tem a ver com homossexualismo, sendo este um outro tipo de transtorno, de desorientação.
Ora, se não existe homossexualidade em crianças, que são da espécie que inventou esse tipo de conduta anômala, que dirá em animais. Porém, pode-se observar, em cativeiro e, às vezes, na natureza, alguns comportamentos em certos indivíduos de algumas espécies, em que dois machos ou duas fêmeas podem se comportar como se fossem um casal, mas isso tem explicações etológicas (etologia = ciência do comportamento animal) bem conhecidas, geralmente ligadas à sobrevivência da espécie ou à proteção do indivíduo em situações de risco, entre outras - nada a ver com a conduta erótica (alguns chamam de "tara") que vemos entre humanos.
Também há casos de cópula entre animais do mesmo sexo, sendo, no entanto, bem mais raros do que o comportamento descrito anteriormente; mas também as explicações etológicas são bem diferentes do que chamamos de homossexualdade no caso dos humanos.
Por exemplo, se conhece comportamento imitativo de fêmea em alguns animais machos quando o indivíduo tem sua sobrevivência ameaçada e usa essa estratégia como demonstração de submissão para convencer o macho-alfa a aceitá-lo no grupo, podendo até chegar ao ponto de haver cópula (o que é bem raro, e em geral não é bem sucedida, pois a ausência de genitálias opostas que se encaixem resulta em impossibilidade do ato, mas fica valendo como símbolo de submissão - ao mesmo tempo, quase não se tem registro de cópula em que um macho penetre o ânus do outro, que é o que caracteriza a conduta homossexual humana - e entre fêmeas, evidentemente, inexiste a ideia de ato "homossexual" no reino animal, restringindo-se a humanos).
Os ideólogos que constroem falácias na tentativa de forçar uma naturalização daquilo que não é natural costumam apelar para exemplos extremos como os dos macacos bonobos. Entretanto, o tiro sai pela culatra, pois os bonobos são uma exceção, um exemplo raro de primatas cuja vida em comunidade, por razões ainda pouco conhecidas, é pautada num comportamento sexual extremamente promíscuo, tanto entre indivíduos de sexos distintos, como, às vezes, entre os do mesmo sexo, e até em sexo grupal. Se os tais ideólogos consideram esse um modelo de conduta sexual que justificaria a homossexualidade humana, estarão confirmando uma acusação de que muitos homossexuais desejam livrar-se, isto é, a de que o homossexualismo seria um comportamento anormal e de vínculo promíscuo.
Lamentavelmente a opinião pública e até muitos acadêmicos se deixam enganar por uma apologia sem fundamento, em que são usadas falácias e sofismas se passando por fatos e verdade, tudo em nome da legitimação de uma perversão que se tornou uma ideologia.
         Dr. Ricardo Marques

Um comentário: