CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





terça-feira, 16 de agosto de 2016

OS PURITANOS E A EXPIAÇÃO UNIVERSAL



É verdade que o puritano John Owen defendeu a expiação limitada, asseverando que Jesus morreu só pelos eleitos. No entanto, um outro pregador puritano tão conhecido (ou mais conhecido) que John Owen, Richard Baxter, defendeu a expiação universal (que não significa que todos serão salvos, mas que há provisão de salvação para todos sob a condição de crerem em Cristo).  Seguem as palavras de Richard Baxter:

“Deus nos diz da maneira mais clara que se pode dizer que CRISTO MORREU POR TODOS OS HOMENS E PROVOU A MORTE POR ELES [...] Outros negarão essas verdades claras [...] Mas acaso a Escritura declara [...] essas opiniões deles tão claramente como ela diz que Cristo morreu por todos e cada homem?

“Acaso diz a Escritura tão claramente em qualquer lugar que Ele não morreu por todos [...]? Acaso diz a Escritura em qualquer lugar que Ele morreu apenas por Suas ovelhas ou Seus eleitos, e exclui os não eleitos? Não existe essa palavra na Bíblia” (RICHARD BAXTER. Universal Redemption of Mankind. Londres, 1964, p. 282-283).

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

domingo, 14 de agosto de 2016

João Calvino e a Expiação Universal



João Calvino, com respeito a Marcos 14: 24 (“Este é o Meu sangue da nova aliança, que é derramado por muitos”), disse: “A palavra ´muitos´ não significa uma parte do mundo, mas toda a raça humana” (João Calvino. Calvin´s New Testament Commentarires. Grand Rapids, MI: Wm B. Erdmans Publishing Co., 1994, vol. 3, p. 139)

Em comentário a respeito de I João 2: 2, disse Calvino:

“Cristo sofreu pelos pecados de TODO O MUNDO, e na bondade de Deus é oferecido a TODOS OS HOMENS sem distinção, sendo Seu sangue derramado NÃO SÓ POR PARTE DO MUNDO, MAS POR TODA A RAÇA HUMANA, pois, apesar de nada no mundo ser achado digno do favor de Deus, ainda assim Ele oferece propiciação para O MUNDO TODO, pois ELE CONVOCA TODOS SEM EXCEÇÃO para a fé em Cristo, que nada mais é do que a porta para a esperança”.

A citação acima de Calvino aparece mencionada na obra de Strong, que conclui:

“Embora em sua obra mais antiga, AS INSTITUTAS tivesse evitado declarações definidas de sua posição com relação à extensão da redenção, em sua obra posterior, os  COMENTÁRIOS, acedeu à teoria da expiação universal...”

Henry Clarence Thiessen chega a mesma conclusão sobre o pensamento de Calvino em sua PALESTRAS INTRODUTÓRIAS À TEOLOGIA SISTEMÁTICA.
Outro que tira a mesma conclusão é R. T. Kendall em seu artigo "A MODIFICAÇÃO PURITANA DA TEOLOGIA DE CALVINO".  Kendall assevera que Calvino cria na expiação universal, diferentemente de Beza (seu sucessor):

"Ele (Calvino) apontava para Cristo às pessoas pela mesma razão que Beza não podia fazê-lo: a questão da ´extensão´ da expiação. Calvino lhes indicava diretamente a Cristo, porque CRISTO MORREU INDISCRIMINADAMENTE POR TODAS AS PESSOAS. Beza não podia indicar Cristo diretamente às pessoas porque (segundo ele) Cristo não morreu por todos; Cristo morreu apenas pelos eleitos" (CALVINO E SUA INFLUÊNCIA NO MUNDO OCIDENTAL.  São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 253)

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

domingo, 7 de agosto de 2016

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho falará sobre "O evangelho no mundo político e acadêmico" na AD Cidade


John Wesley contra as concessões morais da Igreja


Charles Spurgeon e o Hipercalvinismo







Em um sermão pregado em 11 de dezembro de 1859, em controvérsia com os hipercalvinistas, Charles Spurgeon disse:

                “Eu não posso imaginar um instrumento mais pronto nas mãos de Satanás para a perdição das almas do que um ministro que diz aos pecadores que não é o seu dever se arrependerem de seus pecados ou crerem em Cristo, e que tem a arrogância de se chamar de um ministro do evangelho, enquanto ensina que Deus odeia alguns homens infinitamente e imutavelmente por nenhuma razão, mas simplesmente porque Ele escolhe fazê-lo”. (C. H. Spurgeon. New Park Street Pulpit. Londres: Passmore and Alabaster. Vol. 6. P. 28-29).