CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

PROTESTANTISMO, ANABATISMO E O CANTO DA SEREIA ROMANISTA


                                          Três esclarecimentos para o nosso tempo:


(1) Algumas pessoas pensam que os protestantes e os anabatistas (incluídos os batistas gerais) supõem que seu surgimento deriva da Reforma Religiosa do século XVI, como diz a Igreja Romana. A verdade, porém, é que tanto Lutero como Calvino acreditavam que a igreja verdadeira sobreviveu desde os apóstolos, mas se manteve no cativeiro babilônico (romanista e papista) da Idade Média até a Reforma, quando foi libertada. Para Lutero e Calvino, dentro da Igreja Romana (como uma “ecclesiola in ecclesia” –  uma igreja menor dentro da maior), sobreviveu o cristianismo apostólico. Isso aconteceu em mosteiros que conseguiram se manter longe da ingerência papal, com Wycliffe e os lollards, com Huss e os hussitas, com Jerônimo Savonarola, com João de Wessalia, com Wesselus, etc.
            Para os anabatistas, mais radicais que os reformadores na restauração do cristianismo primitivo, a igreja verdadeira sobreviveu fora do catolicismo romano (cujo início deu-se no século IV), através de “grupos sectários” (montanistas, donatistas, paulicianos, valdenses, albigenses evangélicos, etc.).
            Nem protestantes, nem anabatistas acham que surgiram apenas no século XVI.

(2) A Igreja Romana, às vezes, fala com linguagem “cordial”, dizendo que Lutero foi bem intencionado, mas que se equivocou ao romper com o papa em vez de ter ajudado a melhorar as coisas. Tais afirmações, porém, “ignoram” cinicamente que Lutero realmente não queria sair da Igreja, mas libertá-la do cativeiro. O problema é que ele foi obrigado a retratar-se sob pena de excomunhão. Entre as teses de que ele deveria se retratar estava, inclusive, aquela na qual dissera que queimar hereges era contrário à obra do Espírito Santo. Lutero não rompeu com a igreja, mas foi expulso! Não foi convidado a ajudá-la, mas a retratar-se!

(3) Os papistas atuais convidam protestantes e evangélicos para se unirem com Roma como irmãos, pois "as diferenças entre os dois lados são insignificantes". Muitos evangélicos têm caído nesse canto da sereia, passando a considerar a soteriologia católica como uma versão imperfeita, mas genuína do evangelho. Ora, dizer que as diferenças são insignificantes é dizer que Lutero e os reformadores do século XVI erraram! Se as diferenças eram insignificantes tudo que foi feito no século XVI foi realizado por algo insignificante? Todos os mártires protestantes na Inquisição morreram por algo insignificante?

            Todos os reformadores sustentaram que a doutrina FORENSE da justificação (Justiça de Cristo IMPUTADA) pela fé SOMENTE era a verdade que decide se uma igreja ainda está de pé ou já caiu. Eles lutaram não por algo insignificante, mas pelo coração do evangelho!


Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  2. Todos nos sabemos que a historia não mente...
    Tudo se deu iniciou com uma coisa mudança pois. Escuridão nao podia permanecer...
    Pois havia dinheiro em questao...
    Como ficaria indulgência...
    E claro essas autoridades deveriam ser incomodada oi então a obra do Espirito Santo nao aconteceria...
    Isso meu amigo nunca poderia acontecer ou aa autoridades tomava seu rumo ou algo aconteceria sera que as pedras clamariam...
    Nao creio que Eles fosse tão inocentes mas sao inteligentes...
    Eu morreria clamando que Jesus e o caminho mas ha pessoas que clamam de outra forma a obras de todos seram provadas pelo fogo...

    ResponderExcluir