CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Razões porque Deus permitiu o retorno da perseguição sobre a Igreja Cristã após 250 A. D.





A igreja antiga, depois de breve tempo de bonança no século III, encarou de novo uma grande perseguição a partir de 250 A. D. Durante o tempo de paz, houve um relaxamento espiritual que levou Cipriano, Bispo de Cartago, a interpretar que a perseguição era tanto uma punição divina como um meio de despertar a igreja. No exílio, Cipriano fez um comentário acerca das razões de ter Deus ter permitido a perseguição. Destacarei com letras maiúsculas aquilo que a  nossa geração cega costuma ignorar:

“O Todo-Poderoso desejou provar sua família, pois as bênçãos de uma paz prolongada haviam corrompido a divina disciplina que nos fora dada. A nossa fé adormecida e prostrada despertou, se posso falar assim, a ira celestial. E conquanto merecêssemos mais por nossos pecados, o clemente e misericordioso Senhor fez com que os acontecimentos fossem mais uma provação que uma perseguição. O mundo inteiro achava-se absorto em interesses temporais, e os cristãos esqueceram-se das coisas gloriosas que eram feitas nos dias dos apóstolos. Em vez de fazer brilhar o seu exemplo, ardiam com o desejo da vã opulência deste mundo, e envidavam todos os esforços para aumentar sua riqueza. A piedade e a religião foram banidas da vido dos pastores, e a fidelidade e a integridade não mais eram encontradas nos ministros do altar. A caridade e a disciplina da moral já não eram visíveis em seus rebanhos. OS HOMENS PENTEAVAM A BARBA, E AS MULHERES PINTAVAM A FACE; ATÉ SEUS OLHOS ERAM TINGIDOS, E SEUS CABELOS FALSOS. Para enganar os simples, usavam fraudes e sutilezas; e até os cristãos enganavam-se uns aos outros, havendo-se com desonestidade e astúcia. CASAVAM-SE COM INCRÉDULOS, e prostituíam os membros de Jesus Cristo, UNINDO-SE AOS PAGÃOS. Em seu orgulho, zombavam dos pastores, feriam-se mutuamente com suas línguas envenenadas, e pareciam destruir-se com ódio mortal. MENOSPREZAVAM A SIMPLICIDADE e a HUMILDADE requeridas pela fé, e permitiam-se serem guiadas pelos impulsos da vaidade. Desprezavam o mundo apenas de palavras. Não merecemos, então, os horrores da perseguição que rompeu sobre nós?” (In OS MÁRTIRES DO COLISEU de A. J. O’Reilly)


Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

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