quinta-feira, 3 de abril de 2014

A CULPA DA IGREJA PROFESSA NA SITUAÇÃO ATUAL

Hoje, nós vemos com pesar a destruição de todos os postulados morais que elevaram a civilização e marcaram o pensamento e o caráter de grandes homens. O relativismo, o ceticismo e o cinismo estão corroendo os fundamentos da decência, enquanto o sujeito vira objeto, o cidadão vira consumidor e o homem é reduzido a um mero animal dotado de um cérebro mais complexo.
                Nesse contexto, a família, célula natural e moral da sociedade é o principal alvo das investidas malignas. Defende-se uma falsa família composta por união entre pessoas do mesmo sexo, poligamia, incesto, pedofilia, iniciação sexual precoce, ideologia de gênero, aborto, legalização de drogas, etc.
                Um dos problemas morais atuais é a difusão da sodomia, bem como a sua promoção midiática e o crescimento de sua armadura legal, impedindo que psicólogos ofereçam ajuda aos que querem deixar o pecado, bem como tentando criminalizar a mensagem que convoca os sodomitas ao arrependimento.
                A “abertura” mental para esse pecado começou com transformações culturais advindas da “Revolução Sexual” e do “Movimento Feminista”. A aceitação de modelos unissex de vestimenta e aparência enfraqueceu a distinção dos sexos, enquanto o poder tecnológico alimentou a “vontade potência” de míseros homens que queriam desafiar os padrões da criação divina. Temos agora silicone para fazer seios, cirurgias para amputar órgão sexual, inseminação artificial anônima, etc.
                No princípio, as igrejas evangélicas protestaram com voz uníssona contra os modelos unissex, mas, depois, a grande maioria cedeu ao mundo. Como, agora, essas igrejas mundanizadas podem combater com coerência as novas aberrações, mantendo padrões culturais de vestimentas e aparência que criam na mente os condicionantes de aceitação de todas essas anormalidades?
                Arno Froese, diretor-executivo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite nos EUA, disse:

                “A diferença marcante entre homem e mulher, conforme documentada na Escritura, praticamente deixou de existir, até mesmo nas nossas igrejas... Não é de surpreender que o casamento agora esteja em risco. Os sodomitas querem ser tratados com igualdade.” (APOCALIPSE 13: A ÚLTIMA VITÓRIA DE SATANÁS. Porto Alegre: Actual Edições, p. 85).

                Thomas Watson, ilustre PURITANO do século XVII, disse:

                “Alguns estão tão longe deste santo envergonhar-se que até se orgulham dos seus pecados. Orgulham-se do seu cabelo comprido. Estes são nazireus do diabo. ‘Não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido?’ (I Cor. 11:14). Isso confunde a distinção dos sexos” (A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO. São Paulo: PES, p. 56).

                  Lloyd Hartzler observa:

                 "... Butler, um comentarista bíblico, diz: 'Tudo o que tende a manchar a distinção entre os sexos se dirige ao desenfreamento... Por que mandou Deus (Deuteronômio 22: 5) que a mulher não devia levar o que pertencia ao homem e vice-versa?  O tipo de vestimenta que cobre e esconde propriamente um sexo pode revelar-se imodestamente na forma corporal do sexo oposto [...] Quando o Novo Testamento fala a mulher cristã acerca de sua aparência, põe isso em correlação com a distinção dos sexos. Veja I Timóteo 2:9, 10 e então note os versículos seguintes [...] Por isso, não é uma surpresa que a prática abominável (Dt. 22:5) do homem e da mulher aparecendo quase iguais vá junto com a libertinagem da mulher... o aumento da homossexualidade e uma atitude destruidora da santidade do matrimônio." (Apariencia Personal en la Luz de la Palabra de Dios. Trad. Wendell Heatwole, p. 11-12)

                A Bíblia mostra que a sodomia prevalece onde certos conceitos são abandonados:
                “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos... Pelo que Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si... Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Romanos 1: 22, 24, 26, 27).
                A mesma Bíblia diz:
                “Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher; porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor, teu Deus” (Deuteronômio 22: 5).
                “Ou não vos ensina a MESMA NATUREZA que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo comprido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu” (I Cor. 11: 14-15).
                Os demônios que perturbarão a humanidade no fim dos tempos são descritos como tendo “rosto de homem e cabelos como de mulheres” (Apoc. 9: 7-8).
                   J. I. Packer lembra que nossa sociedade chama uma mulher com modos masculinos de mulher com calças:
                    "...Ou um casamento em que a mulher (como nós dizemos) veste calças, trará mais dificuldades sobre a humanidade, para ambos os lados, que se fosse o contrário." ("Understanding the Differences" em "Women, Authority and the Bible", editado por Alvera Mickelsen - Downers Grove: Intervarsity Press, 1986, p. 298s.).

                      O Dr. James Dobson disse:

                      "A tendência de misturar os papeis masculinos e femininos está em moda na sociedade atual. As mulheres jogam futebol e usam calças. Os homens assistem novelas e usam brincos. Vê-se pouca identidade sexual no comprimento dos cabelos, em suas maneiras, interesses ou ocupações, e a tendência é se igualar ainda mais. Tal falta de distinção entre os homens e as mulheres causa muita confusão na mente das crianças com relação à sua própria identidade de papel sexual. Elas ficam sem um modelo claro para imitar e acabam tendo de andar sozinhas como que cegas, à procura da conduta e atitudes apropriadas para elas [...] A História mostra que as atitudes unissex sempre apareceram antes da deterioração e destruição das sociedades que se deixaram levar por essa tendência." (Dr. James Dobson. Hide or Seek. Fleming H. Revell Company, 1979, p. 139).

                A situação presente não apenas conclama a igreja para pregar contra o pecado e contra a desordem natural e moral do mundo, mas também a convoca para se arrepender de seus próprios pecados. 
                O nosso tempo revela um mundo que necessita de uma igreja profética e de uma igreja que necessita de arrependimento para ser profética. É hora de a igreja libertar-se completamente dos costumes mundanos para que cumpra a sua missão. Façamos, portanto, a oração de Esdras:
                “E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; por que as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus” (Esdras 9: 6)

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho
Doutor em Sociologia (UFC)
Doutor em Ministério (FTML)
Doutor em Teologia (Faculdade Etnia)



2 comentários:

  1. Muito bom texto! Isso só nos mostra que o grande dia está próximo, assim como João escreveu:

    "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas."
    Ap 22.12-14

    ResponderExcluir