Manoel de Mello e Silva passou a
infância e juventude em sua cidade natal, até se mudar em 1947 para São Paulo. Tornou-se membro da Assembléia
de Deus e foi consagrado diácono. Casou-se em 1951 com
Ruth Lopes, e teve dois filhos, Boaz de Mello e Paulo Lutero de Mello.
Durante o dia,
trabalhava como mestre-de-obras e, à noite, atendendo a convites, pregava em
igrejas das Assembleias de Deus. Depois, une-se à Cruzada Nacional de
Evangelização. Em 1952 contraiu
uma paralisia intestinal e foi milagrosamente curado. Deixa então o trabalho de
mestre-de-obras para dedicar-se totalmente à pregação do Evangelho e ao
ministério. Em 1955, nos Estados Unidos, foi ordenado ministro pela
International Church of the Foursquare Gospel. Neste mesmo ano, relata que teve
uma visão de Deus, que o comissiona a começar a obra que ficou conhecida como “O Brasil para Cristo”, fundada em 1956,
depois de voltar para o Brasil.
Manoel de Mello
torna-se então um dos maiores líderes do
pentecostalismo brasileiro, chegando a reunir, em suas campanhas,
até duzentas mil pessoas.
Foi preso 27
vezes por denúncias ao regime militar,
e no tempo em que desbravou o interior brasileiro fortemente católico ainda viu
seus tabernáculos e tendas serem queimados, até construir o templo sede na Vila Pompéia, por muitos anos
considerado o maior do mundo.
Manoel de Mello
foi o primeiro evangélico a ser
capa da Revista Veja em 1981.
Era procurado por diversas autoridades e
mantinha relações de amizade com muitos deles, como o Presidente Juscelino Kubitschek. Foi recebido por
diversas autoridades, como o Presidente americano Jimmy Carter. Pregou em
dezenas de países e teve seu nome e seu ministério no Brasil noticiado por
redes de televisão americanas, inglesas, suecas e alemãs, pelo jornal americano The New York Times e pelo francês Le Monde, entre outros, e pela Veja.
Seu nome e sua obra foram citados em várias obras literárias, inclusive na
conceituada Enciclopédia Delta Larousse. Recebeu o prêmio de religião como o
pregador que mais se destacou em 1972, pela Fundação Edward Browning. Em 1978,
recebeu o título de O
Bandeirante do Brasil Presente, concedido pelo Instituto Nacional de
Expansão Cultural (INEC).
Em 1986, Missionário Manoel de Mello deixou a direção
da denominação. Em 3 de maio de 1990, foi acometido de um mal
súbito, quando estava a caminho dos estúdios de uma emissora de televisão, para
gravar programa que estaria em cadeia nacional em poucos dias. Dois dias
depois, faleceu.
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