domingo, 26 de outubro de 2014

SOBRE ELEIÇÕES 2014

AOS EVANGÉLICOS: Votei nulo na eleição por seguir a “Ética da Convicção” e não a “Ética da Responsabilidade” (Quem quiser entender a diferença leia “Ciência e Política: As duas vocações” de Max Weber). No entanto, creio na soberania de Deus. Na Bíblia, muitas vezes, ouvimos falar de Deus dar maus governantes a um povo como castigo pelos seus pecados (“Dei-te um rei na minha ira” – Oséias 13: 11). A impiedade dos homens faz merecer maus governantes, que fomentam mais impiedade, até o mundo ficar “maduro” para um juízo mais severo. A igreja de Cristo é a única que pode reverter esse ciclo do mal pela pregação transformadora do evangelho. Durante esse período de eleição, eu vi muitos evangélicos buscando esperança no lado oposto ao de Dilma. A melhor maneira, porém, de a igreja evangélica ajudar a sociedade é sendo igreja (sal da terra e luz do mundo). De que adianta se engajar ao lado do “menos pior” durante as eleições e estar omisso durante todo o restante do tempo? O que vejo são igrejas mundanas com pessoas se vestindo sensualmente, cultos convertidos em entretenimento (com músicas impróprias, bailarinas e muito rebolado), pregações terapêuticas (com ênfase no sucesso terreno e alívio de problemas temporais) e tempo desperdiçado em programas de rádio (muita animação e pouca pregação verdadeira). Precisamos de adoração reverente, santidade (na vida pessoal, familiar e profissional), pregações sobre arrependimento e sobre a mensagem da cruz, bem como mensagens contra a corrupção e a injustiça social. Enfim, necessitamos de uma voz profética que chame as autoridades a sua responsabilidade para com o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Comentando sobre o salmo 82, Lutero disse: “Não é subversivo criticar a autoridade, quando ocorre da maneira aqui descrita, isto é, livre, pública e honestamente no ministério ordenado e através da palavra de Deus. Ao contrário, é uma rara virtude, louvável e nobre, até mesmo um serviço a Deus especialmente grande, como o salmo aqui o comprova”.

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