sexta-feira, 8 de maio de 2015

MOVIMENTO LGBT E AUTORITARISMO

O movimento LGBT tem conseguido suas metas através da pressão em todos os âmbitos. Tem, porém, fracassado mais quando escolhe o caminho da lei proveniente da representação democrática e parlamentar. Isso, porque o povo brasileiro tem valores morais incompatíveis com as exigências do movimento LGBT. O movimento, porém, segue a cartilha de Maquiavel (“os fins justificam os meios”). Não interessa se conseguirão o que querem com o apoio popular ou do órgão que o representa, aquele que tem legitimidade própria para inovar a ordem jurídica.
A união estável foi conseguida através de decisão do STF, cujos membros, por decidirem abertamente contra o texto constitucional, tiveram que fazer ressalvas e se embaraçarem na justificação do voto. O “casamento” gay foi estabelecido pelo CNJ. Um mero órgão de fiscalização, por uma “canetada” e em um momento, alterou abertamente as disposições do Código Civil, que tramitou por anos no Congresso Nacional em ampla discussão.
                O procurador da República Rodrigo Janot, em parecer ao STF, disse que, por demorar o legislativo em categorizar o crime de homofobria, o STF deveria criminalizar diretamente (http://www.conjur.com.br/2014-ago-20/pgr-muda-opiniao-cabe-supremo-criminalizar-homofobia). Isso mereceu um sábio artigo de Lenio Streck  e outros grandes juristas, defendendo o princípio da reserva legal e salientando o perigo de um judiciário que pode criminalizar sem base na lei (http://www.conjur.com.br/2014-ago-21/senso-incomum-criminalizacao-judicial-quebra-estado-democratico-direito).
                Agora, por uma resolução (sem procedimento parlamentar, sem discussão e aprovação do Congresso Nacional), o governo estabelece o privilégio de transexuais e travestis usarem o banheiro que escolherem, bem como o “nome” sexual do sexo oposto (no caso de adolescentes menores, mesmo sem o consentimento dos pais). A prova de que os opositores dessa medida não são preconceituosos é que a nossa objeção não se refere tanto ao caso de lésbicas entrarem no banheiro masculino[1] (embora também não seja confortável), mas se dirige a situação de homens entrarem em banheiros femininos (que podem também ser freqüentados por crianças do sexo feminino). A preocupação da sociedade é com os vulneráveis.
                Os bissexuais já se disseram oprimidos dentro do movimento LGBT e um homossexual escreveu há um tempo atrás um artigo que o Yahoo publicou, dizendo que se desligou do movimento LGBT porque não agüentou o fardo de cobranças para permanecer (pagamento de contribuições, tarefas constantemente impostas para a propagação do movimento, etc.).
                O movimento LGBT é autoritário. Quer conseguir atingir suas metas pelo caminho que for possível, com ou sem o consentimento popular. Quanto mais ele cresce institucionalmente mais o sistema democrático-parlamentar decresce. É isso mesmo que você quer?
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho





[1] Acredito que, dificilmente, o farão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário