“O cristianismo tem funcionado
para a autocompreensão normativa da modernidade como mais que um mero precursor
ou catalisador. Universalismo igualitário a partir do qual brotaram idéias de
liberdade e solidariedade social, de uma conduta autônoma de vida e
emancipação, de moralidade individual de consciência, direitos humanos e
democracia, é herdeiro direto da ética judaica da justiça e da ética cristã do
amor. Esse legado, substancialmente imutável, tem sido objeto de apropriação e
de reinterpretação crítica contínua. Até hoje, não há nenhuma alternativa a
ele. E à luz dos desafios atuais de uma constelação pós-nacional, continuamos a
nos inspirar no conteúdo dessa herança. Tudo o mais é apenas conversa
pós-moderna sem base.” (JÜRGEN HABERMAS, “Time
of Transitions”, Cambridge: Polity Press, 2006, p. 150-151).
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