A CHAMADA DA MEIA-NOITE presenteou o público
evangélico brasileiro com o excelente livro de Wilfred J. Hahn, intitulado O
APOCALIPSE FINANCEIRO MUNDIAL PROFETIZADO (Trad. Cleide Camargo. Porto Alegre:
Actual Edições, 2013). O autor tem uma perspectiva escatológica pré-milenista e
uma sólida formação em economia, havendo sido Executivo-chefe do Grupo de
Investimentos Globais do Bank of Canadá. Eu tive o prazer de ler o livro logo
depois de seu lançamento no Brasil. Para instigar a curiosidade, cito algumas passagens
do livro:
“Contrariamente à crença comum, os mercados
financeiros e o estado dos sistemas comerciais não definem o caráter e a
moralidade de um povo. É o contrário que ocorre. Os valores e as idolatrias da
sociedade determinam o estado e a natureza das tendências financeiras. As
sociedades que não evidenciam nenhuma crença nas conseqüências eternas e que
estão comprometidas com os princípios do humanismo – a crença de que a
satisfação maior do homem está sob seu controle e limitada a seu mundo físico –
têm o relativismo necessário que acelera a subida a maciças manias financeiras
e materialistas e os golpes finais. Esta progressão é evidente agora, tanto na
América do Norte quanto em outras partes do mundo.”
“Como tal,
as questões das afeições humanas e das crenças religiosas são determinantes
importantes das tendências financeiras e econômicas. Esta perspectiva
certamente surpreenderá muitas pessoas que podem ter pensado que os mercados
financeiros são sistemas inanimados governados por coisas como lucros e taxas
de juros. Dificilmente este é o caso. Dinheiro e mercados são humanos em ação,
seja para o bem, seja para o mal.” (p. 24)
“Exatamente
o que significa o termo ‘mercado livre’? É a ideia simples e liberal de que, se
for permitido que as pessoas ajam livremente segundo as suas próprias
concepções de moralidade e interesse próprio – sem muito de interferência do
governo e de intervenções regulatórias – os mercados atingirão juntos o
progresso e haverá uma prosperidade maior para o mundo. [...] Não surpreende
que os legisladores descobriram novamente que muitas pessoas vêm agindo
livremente demais na busca de seus interesses pessoais. A ganância
descontrolada finalmente devora sua própria casa, enfraquecendo suas madeiras e
pedras.” (p. 78)
A economia é
descrita como “uma religião, uma religião global. É uma daquelas disciplinas
que não é ciência, mas que está mais próxima da feitiçaria em suas recentes
aplicações globalistas.” (p. 79)
Dr. Glauco Barreira Magalhães
Filho
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