terça-feira, 11 de outubro de 2016

O APOCALIPSE FINANCEIRO: UMA ANÁLISE ECONÔMICA DA ATUALIDADE


A CHAMADA DA MEIA-NOITE presenteou o público evangélico brasileiro com o excelente livro de Wilfred J. Hahn, intitulado O APOCALIPSE FINANCEIRO MUNDIAL PROFETIZADO (Trad. Cleide Camargo. Porto Alegre: Actual Edições, 2013). O autor tem uma perspectiva escatológica pré-milenista e uma sólida formação em economia, havendo sido Executivo-chefe do Grupo de Investimentos Globais do Bank of Canadá. Eu tive o prazer de ler o livro logo depois de seu lançamento no Brasil. Para instigar a curiosidade, cito algumas passagens do livro:

“Contrariamente à crença comum, os mercados financeiros e o estado dos sistemas comerciais não definem o caráter e a moralidade de um povo. É o contrário que ocorre. Os valores e as idolatrias da sociedade determinam o estado e a natureza das tendências financeiras. As sociedades que não evidenciam nenhuma crença nas conseqüências eternas e que estão comprometidas com os princípios do humanismo – a crença de que a satisfação maior do homem está sob seu controle e limitada a seu mundo físico – têm o relativismo necessário que acelera a subida a maciças manias financeiras e materialistas e os golpes finais. Esta progressão é evidente agora, tanto na América do Norte quanto em outras partes do mundo.”
“Como tal, as questões das afeições humanas e das crenças religiosas são determinantes importantes das tendências financeiras e econômicas. Esta perspectiva certamente surpreenderá muitas pessoas que podem ter pensado que os mercados financeiros são sistemas inanimados governados por coisas como lucros e taxas de juros. Dificilmente este é o caso. Dinheiro e mercados são humanos em ação, seja para o bem, seja para o mal.” (p. 24)

“Exatamente o que significa o termo ‘mercado livre’? É a ideia simples e liberal de que, se for permitido que as pessoas ajam livremente segundo as suas próprias concepções de moralidade e interesse próprio – sem muito de interferência do governo e de intervenções regulatórias – os mercados atingirão juntos o progresso e haverá uma prosperidade maior para o mundo. [...] Não surpreende que os legisladores descobriram novamente que muitas pessoas vêm agindo livremente demais na busca de seus interesses pessoais. A ganância descontrolada finalmente devora sua própria casa, enfraquecendo suas madeiras e pedras.” (p. 78)

A economia é descrita como “uma religião, uma religião global. É uma daquelas disciplinas que não é ciência, mas que está mais próxima da feitiçaria em suas recentes aplicações globalistas.” (p. 79)

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

  

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