Cinco ativistas do grupo
feminista Femen atacaram na noite deste domingo o arcebispo de Madri, cardeal
Antonio María Rouco, de 77 anos, aos
gritos de “o aborto é sagrado” e jogando sobre ele calcinhas manchadas com
tinta vermelha. A agressão ocorre após a apresentação do projeto de lei do governo espanhol que
deve reverter a lei do aborto no país, tornando-o novamente ilegal.
Segundo jornais espanhóis, como o ABC, as
feministas estavam com os seios de fora e levavam o nome do movimento pintado
no corpo. Elas atacaram o cardeal idoso no momento em que ele saía do carro
para celebrar missa numa paróquia da região. Rouco foi socorrido pelos padres
que o aguardavam e a igreja teve de fechar as portas. Mesmo assim, as
manifestantes continuaram a gritar “o aborto é sagrado” pelas ruas do local.
Hostilidades grosseiras fazem parte da
agenda do Femen por toda a Europa, e suas vítimas, em geral, são vinculadas à
Igreja Católica. Segundo o site espanhol Religion em Libertad, especializado em
notícias sobre liberdade de credo, as ativistas nem sempre são
manifestantes autênticas, vinculadas à alguma causa, mas sim mulheres pagas
para realizar ações específicas. A remuneração só ocorre se o ato alcançar a
mídia.
No ano passado, o Femen atacou o
arcebispo de Bruxelas, na Bélgica, durante uma entrevista, atirando-lhe copos
de água, e interrompeu uma missa celebrada pelo arcebispo de Colônia, na
Alemanha, onde encenaram um aborto. O motivo ? Nunca fica muito claro. Sempre
há berros, ofensas, obscenidades. Nunca argumentos.
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