PARIS, 15 Jan. 13 / 01:37 pm (ACI/EWTN Noticias).- Nathalie de
Williencourt é uma lésbica francesa e uma das fundadoras de Homovox, uma das
maiores associações de gays da França. À diferença do que afirmam certos meios
de imprensa, considera que a maioria de homossexuais, incluindo ela mesma, não
querem nem o matrimônio nem a adoção de crianças e estão em desacordo com o projeto de lei do
presidente François Hollande de legalizar ambas práticas.
Em uma
entrevista concedida no dia 11 de janeiro ao site de notícias italiano
Tempi.it, Nathalie assinalou que "o casal homossexual é diferente do
heterossexual por um mero detalhe: não podemos dar origem à vida".
Williencourt
afirmou com claridade: "sou francesa, sou homossexual, a maioria dos
homossexuais não querem nem o matrimônio, nem a adoção de crianças, sobre tudo
não desejamos ser tratados do mesmo modo que os heterossexuais porque somos
diferentes, não queremos igualdade, mas justiça".
A
líder gay assinalou ainda que os próprios homossexuais "acreditam que as
crianças têm direito a ter um pai e uma mãe, possivelmente biológicos, que
possivelmente se amem. Uma criança que nasce do fruto do amor de seu pai e de
sua mãe tem o direito de sabê-lo. Se os casais homossexuais adotarem crianças
que já estão privadas de seus pais biológicos, então (as crianças) estariam sem
um pai e sem uma mãe pela segunda vez".
"Os
casais heterossexuais estão esperando anos para poder adotar uma criança, e
corre-se o risco que muitos países não permitam mais adoções a cidadãos
franceses se esta lei for passada, já que países como a China e outros da Ásia
contam com procedimentos que excluem casais do mesmo sexo".
"Isto
significaria fazer que a adoção por casais conformados por um homem e uma
mulher seja ainda mais difíceis", acrescentou Williencourt.
A
porta-voz do Homovox considerou logo que a família,
constituída sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher, é a base para a paz.
"A
paz se constrói na família e para ter paz na família é necessário dar às
crianças a imagem mais natural e mais segurança infunde para crescer e chegar a
ser grande. Quer dizer, a composição clássica de homem e mulher".
Williencourt
denunciou logo que "na França nos censuram (Homovox.com). Escuta-se sempre
o lobby dos ativistas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) que
sempre falam nos meios, mas a maior parte dos homossexuais estão irritados pelo
fato de que esta organização faz lobby em nosso nome. Nós não votamos por eles
para que nos representem".
Nathalie
explicou que os membros do lobby gay já têm uma ferida em relação à sua própria
homossexualidade "porque não a aceitam, reivindicam ser como os
heterossexuais. Em vez disso nosso movimento reivindica que os homossexuais
sejam tratados de modo distinto que os heterossexuais porque somos
diferentes".
"Não
podemos pedir igualdade para situações que são diferentes. Não é a igualdade o
que é importante, mas a justiça. É uma desigualdade justa e uma igualdade
injusta", precisou.
Sobre
sua oposição e a de toda sua associação ao projeto de lei impulsionado pelo
presidente Hollande, Nathalie Williencourt disse que "eu e meus amigos
gays não podemos ser acusados de homofobia, por não permitir a lei".
O que
solicitam, explicou, é "um diálogo entre Hollande e o povo, porque ele
tinha prometido que não ia aprovar uma lei à força se os franceses não estavam de
acordo. Esperemos que se abra o diálogo com os Estados Gerais sobre o
matrimônio e um referendum para consultar todos os cidadãos deste tema".
Homovox
é a associação que reúne a maioria de homossexuais na França. A associação foi
uma das organizações gays que marcharam pelas ruas de Paris no dia 13 de
janeiro junto a mais de um milhão de pessoas em defesa do autêntico matrimônio.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=24697#.UvBa7mQ_unw.facebook
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