Algumas idiotices no debate
político:
(1) Dizer
que é contra o aborto, mas é favorável à sua legalização, porque ele é um fato.
Refutação:
Não se pode inferir valor de fato, e Direito é, acima de tudo, valor. O
homicídio é fato (com estatísticas maiores que o aborto), mas ninguém pensa em
descriminalizar o homicídio. Há muita corrupção na política, mas ninguém cogita
de descriminalizar a corrupção.
(2) Dizer
que o número de abortos diminuiu nos países em que o aborto foi legalizado.
Refutação:
Como, nesses países, é possível saber quantos abortos houve antes da
legalização se eles eram clandestinos? Por que as novas estatísticas, feitas após
a legalização do aborto, não contam os abortos que não são feitos de modo legal
em lugares competentes? Muita gente continua abortando de modo privado.
(3) Dizer
que defender a legalização das drogas é apenas defender a sua regulação.
Refutação:
Será que podemos acabar com o alcoolismo dando apenas um copo de cachaça por
dia ao alcoólatra? O AA sabe que só a abstinência total tem resultados. O
acesso às drogas é que deve ser impedido. Não faz sentido estabelecer uma
quantidade possível de drogas para consumir ou comercializar. O viciado, não
respeitando nem o patrimônio dos pais, como respeitará os limites de consumo?
Por que o tráfico vai diminuir se há pessoas para consumir?
OBS: As
estatísticas nos países que legalizaram as drogas só contam o consumo “legal”,
deixando de contar o consumo ilegal, por isso aparenta que o consumo de drogas
diminuiu. A Holanda, porém, já está reconhecendo os seus problemas.
OBS: Como
ambientalistas podem defender o aborto e a legalização do consumo de drogas e
querer a preservação do meio ambiente? Como preservar o ambiente e não o homem?
(4) Dizer
que defende a “família”, mas toda “família” (inclusive a que é constituída por
casais do mesmo sexo).
Refutação:
A família (em sentido natural, histórico e religioso) é resultante de casal potencialmente
fecundo. Dizer que é a favor da família, mas de qualquer família, significa
dizer que é a favor de qualquer relacionamento sexual (poligâmico, incestuoso,
pedófilo, bestial). Se família pode ter qualquer definição, então não existe
mais família a se defender. Um conceito que pode ser tudo, é nada, pois perde a
sua função.
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