CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A IGREJA, ISRAEL E AS NAÇÕES

            O grupo islâmico Hamas não é apenas um grupo terrorista dentro dos países muçulmanos, ele representa o pensamento muçulmano. Se os países islâmicos não apoiassem esse grupo já o teriam destruído juntamente com suas bases militares. Como Israel pode facilmente localizá-los e os líderes dos países islâmicos não?
            Foi o Hamas que quebrou o acordo de trégua, gerando a necessidade de os israelenses se defenderem. O Hamas não só usa escudos humanos, mas faz túneis de suas bases militares para regiões civis. Esses túneis são cheios de explosivos do grupo terrorista. Quando Israel ataca uma base militar, os explosivos dos túneis, seguindo um efeito cascata, levam fogo até regiões civis, criando a impressão de que os bombardeios israelenses foram lá. O mundo, entretanto, não quer saber de intenções boas ou más, mas apenas da “segurança internacional”. Desse modo, Israel é visto como um aborrecimento e um peso. O mundo sempre odiou Israel e continua odiando, porque odeia a Deus.
            Ultimamente, o mundo vem protestando contra Israel porque fez bloqueio a Gaza e supervisiona os mantimentos para lá enviados. Ora, o grupo Hamas domina a faixa de Gaza e recebe armas através de tráfico ilegal. Israel envia constantemente mantimentos para Gaza e os navios humanitários que enviam mantimentos, depois de supervisionados, têm o seu mantimento enviado igualmente para Gaza. O mundo não quer que Israel ataque o inimigo em seu território e ainda quer que permita a chegada de armas para o inimigo? O bloqueio de Gaza é um modo pacífico de Israel se defender. O mundo, porém, quer a destruição desse povo. O anti-semitismo não é mais uma desgraça da Alemanha do século XX, mas do mundo do século XXI.
            Há três grupos no plano histórico de Deus: a Igreja, Israel e as Nações. A igreja foi escolhida como instrumento de expressão da graça de Deus. Sua missão não envolve guerras, mas, sim, a pregação do evangelho. A igreja é o povo celestial de Deus, sua luta é espiritual e sua ética é a da não resistência.
            As Nações são o objeto da ira de Deus, pois perseguem a igreja e Israel. Israel é objeto da disciplina de Deus. Deus pune Israel através das Nações por recusar o evangelho, mas seu objetivo é, finalmente, reconciliar consigo o povo eleito. As profecias apontam para a reconciliação futura de Israel com Deus. As Nações, por outro lado, serão julgadas e punidas por oprimirem Israel.
            Israel é o povo terreno de Deus. Através de Israel, direta ou indiretamente, Deus executa seu juízo sobre as nações. Israel, diferentemente da igreja, precisa lutar fisicamente para defender suas fronteiras, principalmente daquele que será o Anticristo.
            Não somos pacifistas no sentido de algumas filosofias “humanistas”. Se fôssemos, teríamos que recusar a inspiração do Velho Testamento.
A igreja (que inclui judeus convertidos) não deve defender-se com armas em hipótese alguma, pois é o povo celestial e espiritual de Deus. Israel, todavia, terá defender-se de seus inimigos, pois é o povo terreno de Deus. Israel têm promessas terrenas e a igreja tem promessas celestiais. Um judeu só irá ao céu pela conversão a Cristo e assimilação na igreja, mas Deus promete bênçãos terrenas (e disciplinas específicas) para Israel enquanto Nação.
Alguns dirão que eu estou me contradizendo, estabelecendo um “ethos” diferenciado para a igreja e para Israel. Embora haja uma lei natural para os preceitos éticos básicos, eu observo que o todo da ética depende da revelação (não de uma “ética do discurso”) e de quem somos no plano de Deus.
Os que afirmam que os evangélicos bíblicos se contradizem são aqueles não conheceram a “MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS” (Efésios 3: 10)!
 
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Doutor em Sociologia (UFC)
Livre Docente em Filosofia (UVA)
Doutor em Teologia (Faculdade Etnia) e Ministério (FTML)
Professor de Hermenêutica e Estudos do Imaginário Jurídico (UFC)

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