O grupo
islâmico Hamas não é apenas um grupo terrorista dentro dos países muçulmanos,
ele representa o pensamento muçulmano. Se os países islâmicos não apoiassem
esse grupo já o teriam destruído juntamente com suas bases militares. Como
Israel pode facilmente localizá-los e os líderes dos países islâmicos não?
Foi
o Hamas que quebrou o acordo de trégua, gerando a necessidade de os israelenses
se defenderem. O Hamas não só usa escudos humanos, mas faz túneis de suas bases
militares para regiões civis. Esses túneis são cheios de explosivos do grupo
terrorista. Quando Israel ataca uma base militar, os explosivos dos túneis,
seguindo um efeito cascata, levam fogo até regiões civis, criando a impressão
de que os bombardeios israelenses foram lá. O mundo, entretanto, não quer saber
de intenções boas ou más, mas apenas da “segurança internacional”. Desse modo,
Israel é visto como um aborrecimento e um peso. O mundo sempre odiou Israel e
continua odiando, porque odeia a Deus.
Ultimamente,
o mundo vem protestando contra Israel porque fez bloqueio a Gaza e supervisiona
os mantimentos para lá enviados. Ora, o grupo Hamas domina a faixa de Gaza e
recebe armas através de tráfico ilegal. Israel envia constantemente mantimentos
para Gaza e os navios humanitários que enviam mantimentos, depois de
supervisionados, têm o seu mantimento enviado igualmente para Gaza. O mundo não
quer que Israel ataque o inimigo em seu território e ainda quer que permita a
chegada de armas para o inimigo? O bloqueio de Gaza é um modo pacífico de
Israel se defender. O mundo, porém, quer a destruição desse povo. O anti-semitismo
não é mais uma desgraça da Alemanha do século XX, mas do mundo do século XXI.
Há
três grupos no plano histórico de Deus: a Igreja, Israel e as Nações. A igreja
foi escolhida como instrumento de expressão da graça de Deus. Sua missão não
envolve guerras, mas, sim, a pregação do evangelho. A igreja é o povo celestial
de Deus, sua luta é espiritual e sua ética é a da não resistência.
As
Nações são o objeto da ira de Deus, pois perseguem a igreja e Israel. Israel é
objeto da disciplina de Deus. Deus pune Israel através das Nações por recusar o
evangelho, mas seu objetivo é, finalmente, reconciliar consigo o povo eleito.
As profecias apontam para a reconciliação futura de Israel com Deus. As Nações,
por outro lado, serão julgadas e punidas por oprimirem Israel.
Israel
é o povo terreno de Deus. Através de Israel, direta ou indiretamente, Deus
executa seu juízo sobre as nações. Israel, diferentemente da igreja, precisa
lutar fisicamente para defender suas fronteiras, principalmente daquele que
será o Anticristo.
Não
somos pacifistas no sentido de algumas filosofias “humanistas”. Se fôssemos,
teríamos que recusar a inspiração do Velho Testamento.
A igreja (que
inclui judeus convertidos) não deve defender-se com armas em hipótese alguma,
pois é o povo celestial e espiritual de Deus. Israel, todavia, terá defender-se
de seus inimigos, pois é o povo terreno de Deus. Israel têm promessas terrenas
e a igreja tem promessas celestiais. Um judeu só irá ao céu pela conversão a
Cristo e assimilação na igreja, mas Deus promete bênçãos terrenas (e
disciplinas específicas) para Israel enquanto Nação.
Alguns dirão
que eu estou me contradizendo, estabelecendo um “ethos” diferenciado para a
igreja e para Israel. Embora haja uma lei natural para os preceitos éticos
básicos, eu observo que o todo da ética depende da revelação (não de uma “ética
do discurso”) e de quem somos no plano de Deus.
Os que afirmam
que os evangélicos bíblicos se contradizem são aqueles não conheceram a
“MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS” (Efésios 3: 10)!
Dr. Glauco
Barreira Magalhães Filho
Doutor em
Sociologia (UFC)
Livre Docente
em Filosofia (UVA)
Doutor em
Teologia (Faculdade Etnia) e Ministério (FTML)
Professor de
Hermenêutica e Estudos do Imaginário Jurídico (UFC)
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