CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

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sexta-feira, 22 de março de 2013

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO: A VOLTA À BARBÁRIE



Ao receber a notícia de que o Conselho Federal de Medicina se manifestou a favor do aborto até o terceiro mês de gravidez, eu fiquei revoltado. A minha indignação vinha por eu assistir uma profissão que cuida da vida e faz juramento de preservá-la sendo instrumentalizada por movimentos políticos aliados do partido governista. É a típica vassalagem dos intelectuais ou profissionais ao poder, algo próprio dos regimes autoritários.
            Do ponto de vista prático, isso é uma desproporcionalidade. Depois que o mundo inventou tantos métodos para evitar filhos, voltamos a discutir o assassinato depois da concepção. A cultura da morte é também a cultura do materialismo e do hedonismo. Filhos podem ser sacrificados para não serem um fardo no orçamento dos pais.O aborto torna-se a saída mais rápida para quem não quer ter um “déficit” de prazer na relação sexual pelo uso de preservativos, ou, ainda, sendo mulher, quer evitar os desconfortos decorrentes do uso de pílulas anticoncepcionais.
            A legalização do aborto é o retorno da barbárie.O próximo passo é aceitar o canibalismo. E para quem acha que estou exagerando, recomendo que ouça as palavras do famoso abortista Peter Singer:

            “Os mentalmente defeituosos não têm direito à vida, podendo, portanto, ser mortos para servir de alimento – se nós viéssemos a desenvolver um gosto pela carne humana – ou para o fim de experimentação científica”.[1]


            Peter Singer também disse que “bebês débeis mentais não possuem direitos maiores do que os de certos animais” (Independent Extra – 13 de setembro de 2006).
            Bill Hamilton, renomado biólogo darwinista e defensor do aborto, disse que tinha mais simpatia por uma samambaia do que por uma criança chorando. David Robertson disse o seguinte sobre Hamilton:

            “Ele argumentava que os machos estavam grandemente fadados a competirem e que a finalidade do sexo era limpar o conjunto genético da população filtrando os inúteis e os fracos. O macho de condição baixa é melhor morto. Tudo na natureza, de acordo com Hamilton, podia ser explicado como resultado da competição de genes. Ele defendia um radical programa de infanticídio, eugenia e eutanásia a fim de salvar o mundo. Acreditava que a medicina moderna estava causando dano ao permitir que os fracos sobrevivessem, preservando assim os genes deles”.[2]

            Para concluir, cito as palavras de William Brennan:

            “Embora cada holocausto uma vez praticado seja um evento sem precedentes por si só, isso não deveria diminuir o que todos os holocaustos têm em comum... a destruição sistemática e generalizada de milhões vistos como massas indiscriminadas de subumanos sacrificáveis.
            “O ambiente cultural para um holocausto humano está presente sempre que qualquer sociedade é desencaminhada e passa a definir indivíduos como menos que humanos e, portanto, destituídos de valor e respeito.”[3] 
                                               
                   É preciso que toda a sociedade proteste!

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Mestre em Direito
Doutor em Sociologia
Livre Docente em Filosofia do Direito
Professor de Hermenêutica Jurídica e Estudos do Imaginário Jurídico da UFC


                       




[1] Citado em ANKERBERG, John. WELDON, John. Os Fatos sobre o Aborto. Trad. Eros Pasquini Jr. Porto Alegre: Chamada, 1999, p. 7
[2] ROBERTSON, David.As cartas para Dawkins. Trad.Vanderson Moura da Silva. Brasília: Monergismo, 2009, p. 116
[3] BRENNAN, William. Medical Holocausts: Exterminative Medicine in Nazi Germany and Contemporary America. Boston, MA: Nordland Pub. International, Inc. 1980, vol. 1, p. 68

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