CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Destruição da família projetada em lei

O Estatuto das Famílias, que tramita na Câmara dos Deputados (PL 2.285/2007, apensado ao PL 674/2007) e foi reapresentado no Senado em 12/11 (PL 470/2013), com o mesmo conteúdo, embora com roupagem diferente, parte de premissas individualistas, aparentemente baseadas no afeto, mas que pretendem impor em nossa legislação, por meio de engodo linguístico, a devassidão. Essa legislação projeta que as denominadas relações paralelas - expressão enganosa, porque suaviza seu conteúdo de mancebia - sejam alçadas ao patamar de entidades familiares.
Assim, consta do título das Entidades Familiares, artigo 14, caput, que "as pessoas integrantes da entidade familiar têm o dever recíproco de assistência, amparo material e moral, sendo obrigadas a concorrer, na proporção de suas condições financeiras e econômicas, para a manutenção da família". E no parágrafo único do mesmo artigo, que "a pessoa casada, ou que viva em união estável, e que constitua relacionamento familiar paralelo com outra pessoa, é responsável pelos mesmos deveres referidos neste artigo, e, se for o caso, por danos materiais e morais". Os amantes terão direito a pensão alimentícia e poderão, ainda, requerer reparação dos danos morais e materiais por falta das mesmas atenções e benesses dadas às famílias oriundas de casamento ou união estável. Isso é poligamia.
O Estatuto chega ao cúmulo, nas suas justificativas, de argumentar que "a realidade social subjacente obriga a todos, principalmente a quem se dedica ao seu estudo, a pensar e repensar o ordenamento jurídico para que se aproxime dos anseios mais importantes das pessoas". Desde quando é anseio social no Brasil que as relações conjugais ou de união estável admitam relações paralelas ou mancebia? Vê-se que o projeto distorce o pensamento social e quer institucionalizar a poligamia.
Além da poligamia velada, o projeto pretende institucionalizar a poligamia consentida. Ora, quem recebe um trio formado por duas mulheres e um homem ou por dois homens e uma mulher em sua casa e lhe diz: "Venha, sente-se e coma à minha mesa"? Ditado que bem representa e resume que relações paralelas não são aceitas pela sociedade e devem ser repudiadas pela legislação e por todas as formas de expressão do Direito.
Ao proteger a família, a Constituição estabelece no artigo 226, § 3.º, que as entidades familiares são monogâmicas quando oriundas da união estável, que só comporta duas pessoas, e não três ou mais. Portanto, o projeto é inconstitucional.
No artigo 69, § 2.º, do tal projeto, a "família pluriparental é a constituída pela convivência entre irmãos, bem como as comunhões afetivas estáveis existentes entre parentes colaterais". Estaria aí a busca de atribuição de legalidade às relações incestuosas? Recorde-se que nesse projeto de lei tudo pode e cabe numa entidade familiar, em afeto e sexualidade.
Nas famílias chamadas recompostas, o padrasto e a madrasta têm direitos e deveres para com os enteados, compartilhando a autoridade dos pais, conforme o artigo 70. O padrasto ou a madrasta, além de poder exigir a convivência com o enteado, passará a ter o dever de pagar-lhe pensão alimentícia, em complementação ao sustento que já lhe dê o pai ou a mãe, como prevê o artigo 74, o que é retomado no artigo 90, § 3.º: "O cônjuge ou companheiro de um dos pais pode compartilhar a autoridade parental em relação aos enteados, sem prejuízo do exercício da autoridade parental do outro". Isso é multiparentalidade.
Com a tal multiparentalidade haverá incentivo ao ócio, porque, se um jovem tiver duas fontes pagadoras de alimentos (pai e padrasto ou mãe e madrasta), por que se esforçaria para trabalhar? É um incentivo ao ócio também porque o genitor de uma criança ou adolescente, se pudesse exigir pensão alimentícia do ex-cônjuge ou ex-companheiro, pela natureza humana, que cultiva, ainda que no íntimo de seu ser, a preguiça, ficaria sem vontade de buscar recursos para auxiliar no sustento do filho. Igualmente é incentivo ao desafeto, porque, em sã consciência, será evitada a união com quem tenha filhos, em face da futura obrigação de pagamento de pensão alimentícia diante da separação do genitor ou genitora dos menores. Propaga-se o afeto e incentiva-se o desafeto. Trata-se de óbvia contradição.
Sobre a presunção da paternidade, o projeto propõe que ocorra não só no casamento e na união estável, mas também em qualquer convivência entre a mãe e o suposto pai (artigo 82, I). A relação eventual, sem estabilidade e sem certeza na paternidade, o que é natural em nossos "alegres" dias, acarretará tal presunção, de modo que o homem, antes do exame de DNA, será havido como pai do infante. Para que esse vínculo de falsa paternidade se desfaça caberá a ele promover ação de contestação da paternidade. Enquanto o processo judicial tiver andamento - moroso ou até suspenso por poder absoluto do juiz, previsto no artigo 149 -, esse homem, se não for o pai, prestará pensão alimentícia ao rebento. E também na família chamada paralela o amante será presumidamente havido como pai do filho da amásia. É um despautério.
Não bastasse isso, pais e mães sofreriam diminuição do poder familiar perante os filhos, não só por terem de dividi-lo com o padrasto ou a madrasta, mas também porque, segundo o artigo 104 dessa legislação projetada, "o direito à convivência pode ser estendido a qualquer pessoa com quem a criança ou o adolescente mantenha vínculo de afetividade". Isso é quebra da base da educação e formação das crianças e dos adolescentes.
Assim como o projeto que está "adormecido" na Câmara, essas proposições legislativas de iniciativa do Senado - que têm algumas diferenças redacionais, mas os mesmos objetivos - deveriam ser denominadas "projeto de lei de destruição da família". Pois esse chamado Estatuto das Famílias, que hasteia uma simulada bandeira de afeto, visa à deturpação familiar e ao consequente enfraquecimento da sociedade, que viverá em completa imoralidade. Isso é devassidão na legislação projetada!
*Regina Beatriz Tavares da Silva é advogada, doutora pela USP, consultora da OAB-SP e conselheira do IASP. 
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,destruicao-da-familia-projetada-em-lei,1119882,0.htm

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A CRISE DE IDENTIDADE DO HOMEM PLURAL

            




As pessoas de nosso tempo vivem em uma “civilização nervosa” (G. Simmel), isto é, marcada pela pressa. Essa mobilização frenética, que faz atividades meditativas (como a oração) parecerem perda de tempo, tem sido causada pelas múltiplas possibilidades de vida proporcionadas pela tecnologia contemporânea.
            Como o homem sabe que vai morrer e não cultiva mais a esperança de uma vida depois da morte, ele pretende viver várias vidas simultâneas ou sucessivas. Assim, através das redes sociais, tem surgido o “homem plural” (Bernard Lahire), o qual assume várias identidades distintas. Alguém pode ser o recatado e severo pai de família em seu lar e ser o pedófilo devasso na internet.
            Podemos ver a figura do homem atual no assistente de canais de TV a cabo. A cada intervalo num filme, ele muda de canal para ver o outro. O temor de que possa estar perdendo um filme melhor enquanto assiste outro o leva mudar seguidamente de canal sem assistir nenhum filme de modo completo. Isso acontece pela multiplicidade de opções que lhe são oferecidas através da variedade de canais e de filmes.
            A mesma coisa se vê na tintura de cabelo. A variação constante da cor da tintura revela uma rejeição constante de identidades anteriores.
            As pessoas, insatisfeitas consigo próprias, vivem uma existência “líquida” (Baumann), permanentemente conversível e sem solidez. Dentro dessa conjuntura, depressão e patologias psicológicas têm se tornado constantes na sociedade.
            O problema também tem chegado na questão da sexualidade. Pessoas heterossexuais se tornam homossexuais para que possam experimentar duas opções sexuais em uma única vida. Outras multiplicam divórcios para que possam vivenciar várias realidades familiares. Há notícias de delegados e militares que, depois de uma vida máscula e de casamentos desfeitos, resolvem assumir uma identidade feminina, e, para isso, são submetidos a uma cirurgia para mudança da aparência sexual.
            A televisão, por sua vez, tem difundido essas novas identidades como algo que deva ser aplaudido, como uma manifestação de coragem. O que acontece, porém, não é coragem, mas covardia. Muitos tentam fugir de seus problemas assumindo novas identidades de modo sucessivo.
            O crente em Jesus é alguém que tem uma sólida identidade em Cristo, “a rocha dos séculos”. Ele não é TELEguiado, não é moldado pela cultura hegemônica (Romanos 12: 1-2). O crente em Jesus sabe que o que vale não é a quantidade de vidas, mas a qualidade da vida e a sua condição na eternidade. Ele aceita a sua sexualidade biológica, glorificando o seu Criador. O Redentor é o Criador. Deus nos redime, tirando as deformações que o pecado trouxe para a criação, não deformando ainda mais a criatura.
O cristão verdadeiro não é uma bolha de sabão transparente. Antes, é consistente, é uma casa edificada sobre a rocha. Somente um servo de Deus pode dizer: “MAS, PELA GRAÇA DE DEUS SOU O QUE SOU” (I Cor. 15: 10).

            “EIS QUE EU PONHO EM SIÃO UMA PEDRA DE TROPEÇO, E UMA ROCHA DE ESCÂNDALO; E TODO AQUELE QUE CRER NELA NÃO SERÁ CONFUNDIDO” (Romanos 9: 33)

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Graduado em Direito e Teologia
Mestre em Direito Público
Doutor em Teologia e Sociologia
Livre Docente em Filosofia

Doutor Honoris Causa

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho fará palestra na CPAD (Fortaleza)



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A tecnologia para a marca da Besta (Apoc. 13: 16-17) anunciada em site europeu


micro-610x400Um chip é um circuito integrado usado em tecido subcutânea. Microchips são aproximadamente do tamanho de um grão de arroz e são baseados em uma tecnologia passiva, “Agora”. Microchips são particularmente úteis em caso de rapto ou crianças desaparecidas. Muitos países já utilizam e exigem o microchip com vacinação.
Em maio de 2014 entrará em vigor em toda a Europa, a obrigação de apresentar as crianças para instalar o microchip sob a pele, que deve ser aplicado em hospitais públicos no momento do nascimento.O microchip em questão é fornecido, bem como uma folha de dados com informações relativas ao indivíduo, (nome, tipo sanguíneo, data de nascimento, etc) também é um poderoso detector GPS que vai funcionar com uma bateria de micro-substituível a cada 2 anos nos hospitais do estado. O chip de GPS está dentro da nova geração e, por conseguinte, permite uma margem de erro de detecção igual ou inferior a 5 metros.
Ele será conectado diretamente a um satélite, que irá gerenciar as conexões. Quem quiser, pode ser implantado gratuitamente (ou implantar seus filhos) microchip, embora nascido, já a partir de 1º de maio de 2014, o preenchimento de um formulário de pedido de adesão da ASL. O CCCP (Comitê Consultivo para o Controle da População) levou em conta a ” obrigatoriedade de instalação de cidadãos nascidos antes dessa data, mas que não se materializa antes de 2017. A instalação será totalmente indolor, graças ao facto de o chip ser implantado sob a pele no cotovelo esquerdo, livres terminações nervosas.
Finalmente uma boa notícia do mundo da tecnologia. Com este chip, finalmente, irá impedir todos os casos de desaparecimento ou seqüestro que chocou o mundo em todos estes anos.Também será possível, graças a essa tecnologia, no futuro, controlar facilmente todos os criminosos em geral.Fonte: corrierediroma.it

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PURITANOS E AVIVALISTAS DE HOJE

                 




Hoje em dia, tem sido muito comum um saudosismo para com a época dos puritanos ingleses, mas a única ênfase puritana que é levada em conta refere-se à doutrina da predestinação. A impressão que temos é que o objetivo é mais promover os chamados “cinco pontos do calvinismo” do que o que de fato diferenciava os puritanos, ou seja, a vida de santidade.
            Aqueles que querem ser tidos como puritanos nos dias de hoje devem se perguntar se estão dispostos a viver o estilo de vida que eles viveram. Quando os puritanos dominaram (inclusive, do ponto de vista político) a Inglaterra, o resultado foi o seguinte:

            “A luta contra o ALCOOLISMO, a supressão das casas de passe, o respeito pelo SABAT, a recusa da DANÇA e do TEATRO LICENCIOSO, dão aos puritanos uma durável reputação de rigorismo” (Jean Baubérot).

            O historiador protestante Jean Baubérot diz mais sobre a ética puritana:

            “Existe uma ética puritana e protestante, em geral de simplicidade que conduz à adoção de um modo de vida inferior aos recursos e fortuna. O luxo, o aparato, o excesso no vestuário, a ostentação no modo de viver, são considerados como inconveniente, ao mesmo tempo em que o trabalho e o esforço são valorizados... O puritano vestido de negro recusa as cores brilhantes que lhe parecem uma máscara pronta a enganar os outros e a si próprio”.

            Quanto aos colonos puritanos nos EUA, diz:

            “Os puritanos exercem um rigoroso controle da vida pública dos colonos, interditando toda a atividade ao domingo e impondo a sobriedade no vestuário”.

            Fico me perguntando o que diriam os puritanos das igrejas que incluíram danças (normalmente carregadas de sensualismo) na sua liturgia de culto. Essas danças litúrgicas mais parecem danças de mulheres que se apresentam para um sultão!
           De outro lado, há aqueles que querem uma liturgia reverente com música sacra e decoro, mas na vida privada são roqueiros, tatuados, contadores de piadas imorais e levianos!
            Aqueles que desejam um avivamento espiritual nas suas igrejas como nos dias de Wesley, Whitefield e Edwards deveriam examinar o que aconteceu nesses avivamentos para saber se é realmente isso que eles querem.

            “Anglicanos, congregacionalistas, presbiterianos, batistas, etc., são atingidos pelo Despertar que relativiza as relações eclesiásticas e também sexuais, raciais e sociais. Mulheres e negros misturaram-se com os homens e os brancos... JOGOS DE CORRIDAS, DANÇAS, BEBIDAS ALCOÓLICAS – maneiras de viver da classe dirigente – são recusadas. Apesar disso, filhos das grandes famílias assistem às reuniões reavivalistas e são cativados. Mesmo outros protestantes, por vezes semi-racionalistas, vêm cada vez em maior número ao culto” (Jean Baubérot).
           
            Eu, pessoalmente, gostaria muito que todos os evangélicos se unissem, apesar de suas diferenças doutrinárias, para um grande avivamento. Mas, como isso é possível sem santidade no culto, nas vestes... Para o crente sério, o obstáculo à união não é o calvinismo ou o arminianismo, nem o batismo adulto ou infantil... O problema é a indecência, a irreverência, a sensualidade, a profanação!
                       

 Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

domingo, 5 de janeiro de 2014

Nesta manhã de Domingo (05 de janeiro), O Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho pregou sobre a ARMADURA DE DEUS (Efésios 6) na Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza. A mensagem foi gravada e adquirida por muitos que estiveram presentes. Os interessados podem adquirir com a Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza.