CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PURITANOS E AVIVALISTAS DE HOJE

                 




Hoje em dia, tem sido muito comum um saudosismo para com a época dos puritanos ingleses, mas a única ênfase puritana que é levada em conta refere-se à doutrina da predestinação. A impressão que temos é que o objetivo é mais promover os chamados “cinco pontos do calvinismo” do que o que de fato diferenciava os puritanos, ou seja, a vida de santidade.
            Aqueles que querem ser tidos como puritanos nos dias de hoje devem se perguntar se estão dispostos a viver o estilo de vida que eles viveram. Quando os puritanos dominaram (inclusive, do ponto de vista político) a Inglaterra, o resultado foi o seguinte:

            “A luta contra o ALCOOLISMO, a supressão das casas de passe, o respeito pelo SABAT, a recusa da DANÇA e do TEATRO LICENCIOSO, dão aos puritanos uma durável reputação de rigorismo” (Jean Baubérot).

            O historiador protestante Jean Baubérot diz mais sobre a ética puritana:

            “Existe uma ética puritana e protestante, em geral de simplicidade que conduz à adoção de um modo de vida inferior aos recursos e fortuna. O luxo, o aparato, o excesso no vestuário, a ostentação no modo de viver, são considerados como inconveniente, ao mesmo tempo em que o trabalho e o esforço são valorizados... O puritano vestido de negro recusa as cores brilhantes que lhe parecem uma máscara pronta a enganar os outros e a si próprio”.

            Quanto aos colonos puritanos nos EUA, diz:

            “Os puritanos exercem um rigoroso controle da vida pública dos colonos, interditando toda a atividade ao domingo e impondo a sobriedade no vestuário”.

            Fico me perguntando o que diriam os puritanos das igrejas que incluíram danças (normalmente carregadas de sensualismo) na sua liturgia de culto. Essas danças litúrgicas mais parecem danças de mulheres que se apresentam para um sultão!
           De outro lado, há aqueles que querem uma liturgia reverente com música sacra e decoro, mas na vida privada são roqueiros, tatuados, contadores de piadas imorais e levianos!
            Aqueles que desejam um avivamento espiritual nas suas igrejas como nos dias de Wesley, Whitefield e Edwards deveriam examinar o que aconteceu nesses avivamentos para saber se é realmente isso que eles querem.

            “Anglicanos, congregacionalistas, presbiterianos, batistas, etc., são atingidos pelo Despertar que relativiza as relações eclesiásticas e também sexuais, raciais e sociais. Mulheres e negros misturaram-se com os homens e os brancos... JOGOS DE CORRIDAS, DANÇAS, BEBIDAS ALCOÓLICAS – maneiras de viver da classe dirigente – são recusadas. Apesar disso, filhos das grandes famílias assistem às reuniões reavivalistas e são cativados. Mesmo outros protestantes, por vezes semi-racionalistas, vêm cada vez em maior número ao culto” (Jean Baubérot).
           
            Eu, pessoalmente, gostaria muito que todos os evangélicos se unissem, apesar de suas diferenças doutrinárias, para um grande avivamento. Mas, como isso é possível sem santidade no culto, nas vestes... Para o crente sério, o obstáculo à união não é o calvinismo ou o arminianismo, nem o batismo adulto ou infantil... O problema é a indecência, a irreverência, a sensualidade, a profanação!
                       

 Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

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