CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





sábado, 27 de junho de 2020

O PERIGO DE DESDENHAR DAS LIBERDADES CONSTITUCIONAIS











O grande jurista americano, Roscoe Pound (1870-1964), disse:

"ATUALMENTE, EM ÉPOCA DE CULTO AO ABSOLUTISMO, DE CONFIANÇA NA FORÇA MAIS DO QUE NA RAZÃO, E DE FILOSOFIAS CORRENTES QUE DESACREDITAM A LIBERDADE E COLOCAM A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES MATERIAIS COMO O BEM MAIS ELEVADO E OBJETIVO DO GOVERNO, OS QUE ESCREVEM A RESPEITO DA CIÊNCIA DO GOVERNO INCLINAM-SE A FALAR DESDENHOSAMENTE DESSES DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS."[1]


[1] POUND, Roscoe. Liberdades e Garantias Constitucionais. Trad. E. Jacy Monteiro. 2ª ed. São Paulo: IBRASA, 1976, p. 83.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

A LIBERDADE DE PALAVRA E DE IMPRENSA NO CORAÇÃO DA AMÉRICA




ROSCOE POUND





Em 1734, a coroa inglesa nomeou Cosby como governador de Nova York. Cosby, seguindo o autoritarismo da dinastia dos Stuarts, perseguiu os divergentes. Para isso, teve apoio de Cortes Superiores e criou tribunais de "equidade" (exceção), diminuindo a importância dos julgamentos pelo júri.
Zenger, que publicava um jornal em Nova York depois de 1733, fez comentários contrários às práticas arbitrárias de Cosby. O governador Cosby, então estabeleceu a censura, o que fez Zenger replicar em ousado artigo no qual denunciava o controle sobre a liberdade de imprensa.  À pedido do governador, um dos juízes da Corte Suprema atacou o grande júri, mas o grande júri resistiu e não aceitou acusação contra Zenger. A pressão, porém, continuou e Zenger foi acusado. Andrew Hamilton, grande jurista da época, veio da Filadélfia para defender Zenger . O processo despertou interesse em todo o país, aumentando as tensões entre os americanos e os governantes autoritários. A partir daí, o desejo de liberdade aumentou.
O conhecido jurista e filósofo do século XX, Roscoe Pound, disse sobre esse episódio: “Sentia-se como sendo intolerável a situação em que ninguém pudesse criticar o funcionamento do governo nem mesmo tecer-lhe comentários. Tal o fundo imediato do dispositivo relativo à liberdade de palavra e da imprensa em todas as declarações de direitos da América[1]

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho




[1] POUND, Roscoe. Liberdades e Garantias Constitucionais. Trad. E. Jacy Monteiro. 2ª ed. São Paulo: IBRASA, 1976, 57