A referida Cantata também será apresentada no dia 02 de abril/ 2013 no Auditório Central do Centro Universitário Estácio do Ceará/ FIC (Rua Vicente Linhares, n. 308 - Aldeota) - 20h. Em ambas as apresentações, o Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho estará ministrando uma palavra sobre a obra redentora de Jesus.
CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE
Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.
A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.
A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).
ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012
A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.
A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).
ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012
sábado, 30 de março de 2013
CANTATA "CONHECIDO PELOS CRAVOS"
A referida Cantata também será apresentada no dia 02 de abril/ 2013 no Auditório Central do Centro Universitário Estácio do Ceará/ FIC (Rua Vicente Linhares, n. 308 - Aldeota) - 20h. Em ambas as apresentações, o Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho estará ministrando uma palavra sobre a obra redentora de Jesus.
quarta-feira, 27 de março de 2013
O MÉDICO E O ABORTO OU O MÉDICO E O MONSTRO
Em 1973, a Suprema Corte dos
Estados Unidos, estabeleceu que o início da vida era uma “questão difícil”,
apesar de praticamente todo livro-texto de medicina e biologia até aquela época
pressupor que a vida humana começava na concepção. A partir dessa perspectiva,
a Suprema Corte decidiu a favor do aborto, sem dar à vida o benefício da
dúvida.
Dois
anos antes referida decisão da Suprema Corte dos EUA (Roe versus Wade),
220 conceituados médicos, cientistas e professores entregaram um documento para
a Suprema Corte, mostrando que a ciência moderna já havia definido a concepção
como o início da pessoa humana e que a vida humana é um processo contínuo.
Patrick
A. Trueman, que ajudou a preparar um sumário para a Suprema Corte do Estado de
Illinois acerca da criança não nascida, disse:
“Nós
incluímos um depoimento de um professor de medicina detalhando 19 livros-texto
no assunto da embriologia usados nas faculdades de medicina de hoje que
concordam universalmente que a vida começa na concepção... todos esses livros-texto
concordam que é nesse momento que a vida começa. A corte derrubou isso – ela
não poderia ter derrubado isso porque houve um fundamento lógico/biológico para
essa tal lei”.
Quanto ao
fato de o embrião ser uma pessoa, basta lembrar a vida intra-uterina é
influenciada por acontecimentos relativos a si e a mãe de uma maneira
determinante para o temperamento e para a memória inconsciente. O Dr. McCarthy
De Mere, que é tanto um clínico quanto um professor de Direito na Universidade
do Tennesse, declarou:
“O
momento exato do início do ser pessoa e do corpo humano é o momento da
concepção”.
O Dr.
Jerome Lejeune, professor de Genética Fundamental na Universidade Descartes
(Paris), disse:
“Cada
indivíduo tem um começo bastante singular, o momento da sua concepção”.
O
professor Roth da Escola de Medicina da Universidade de Havard já enfatizou:
“É
incorreto afirmar que dados biológicos não possam ser conclusivos... É
cientificamente correto dizer-se que uma vida humana individual começa na
concepção... e que esse humano em desenvolvimento é sempre um membro de nossa
espécie em todos os estágios da vida por que passa”.
Landrum
B. Shettles, médico e Ph. D, disse:
“Há um
fato que ninguém pode negar: seres humanos começam na concepção”.
Contra
os que dizem que o feto é uma pessoa incompleta ou em potencial, citamos o Dr.
Alfred Bongiovanni, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia:
“E eu
não afirmaria que aqueles primeiros estágios representam um ser humano
incompleto como também não afirmaria que uma criança, antes dos fortes efeitos
da puberdade... não é um ser humano. Trata-se de vida humana em cada um desses
estágios, se bem que incompleta até o final da adolescência”.
É dever
moral do médico ser contra o aborto. O Código Internacional de Ética Médica
afirma:
“Um
médico deve sempre ter em mente a importância de se preservar a vida humana,
desde a concepção até a morte”.
A
Declaração de Geneticista cobra dos médicos o seguinte:
“Eu
terei o máximo de respeito pela vida humana a partir do momento da concepção;
mesmo sob ameaça, não farei uso de meus conhecimentos de medicina de forma
contrária às leis da humanidade”.
As
afirmações acima podem ser encontradas no Boletim da Associação Mundial de
Medicina de abril de 1949 (vol. 1, p. 22) e janeiro de 1950 (vol. 2, p. 5).
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Doutor em Sociologia
Livre-docente em Filosofia
segunda-feira, 25 de março de 2013
O QUE BÍBLIA DIZ SOBRE O HOMOSSEXUALISMO
ANTIGO
TESTAMENTO:
“Se um
homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, os dois terão praticado
uma abominação” (Levítico
20: 13).
“Com varão
não te deitarás, como se fosse mulher: abominação é” (Levítico 18: 22).
No contexto em
que estes versículos estão inseridos, Deus também condena o incesto, a relação
sexual com animais e o sacrifício de crianças (o que hoje ocorre através do
aborto).
NOVO TESTAMENTO:
“Pois
substituíram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram a criatura em
lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso, Deus os entregou a
paixões desonrosas. Porque até as suas mulheres substituíram as relações sexuais
naturais pelo que é contrário à natureza. Os homens, da mesma maneira,
abandonando as relações naturais com a mulher, arderam em desejo sensual uns
pelos outros, homem com homem, cometendo indecência e recebendo em si mesmos a
devida recompensa do seu erro. Assim, por haver rejeitado o conhecimento de
Deus, foram entregues pelo próprio Deus a uma mentalidade condenável para
fazerem coisas que não convém; cheios de toda forma de injustiça, malícia,
cobiça, maldade, inveja, homicídio, discórdia, engano, depravação; sendo
intrometidos, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos,
arrogantes, inventores de males, desobedientes aos pais; insensatos, indignos
de confiança, sem afeto natural, sem misericórdia; os quais conhecendo bem o
decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam essas coisas, não
somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Romanos 1: 25-32)
“Reconhecendo
que a lei não é feita para o justo, mas para os transgressores e
insubordinados, incrédulos e pecadores, ímpios e profanos, para os que matam
pai e mãe e para homicidas, devassos, homossexuais, exploradores de homens,
mentirosos, os que proferem falsos juramentos e para todo o que é contrário a
sã doutrina, a qual está em harmonia com o que me foi confiado, a saber, o
evangelho da glória do Deus bendito” (I Timóteo 1: 9-11).
“Não sabeis
que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem imorais,
nem idólatras, nem adúlteros, NEM OS QUE SE SUBMETEM A PRÁTICAS HOMOSSEXUAIS,
NEM OS QUE AS PROCURAM, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
caluniadores, nem os que cometem fraudes herdarão o reino de Deus. ALGUNS DE
VÓS ÉREIS ASSIM. MAS FOSTES LAVADOS, SANTIFICADOS E JUSTIFICADOS EM NOME DO
SENHOR JESUS CRISTO E NO ESPÍRITO DO NOSSO DEUS” (I Coríntios 6: 9-11).
domingo, 24 de março de 2013
PEDRO NÃO FOI PAPA (PARTE II)
Jesus mandou Pedro apascentar ovelhas (“Apascenta as
minhas ovelhas” – João 21: 16, 17), mas não o mandou pastorear pastores.
Ele nunca foi príncipe entre os apóstolos. Quando ele quis saber sobre a vida
do apóstolo João (“Senhor, e deste que será?” – João 21: 21), Jesus lhe
respondeu: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?
Segue-me tu” (João 21: 22).
Paulo
mostra que a reputação de Pedro não o colocava em superioridade a Tiago e João:
“E conhecendo Tiago, Cefas (=
Pedro) e João, que eram CONSIDERADOS COMO AS COLUNAS...” (Gálatas 1: 9)
Ainda,
assim, Paulo não considerou a reputação desses três como sinal de qualquer
superioridade em relação aos demais:
“E, quanto àqueles que
pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus
não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa,
nada me comunicaram” (Gálatas 2: 6)
Paulo
não temeu repreender a Pedro abertamente:
“E, chegando Pedro a
Antioquia, eu lhe resisti na cara, porque era repreensível.... disse a Pedro na
presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como os
judeu, por que obrigas os gentios a viverem como os judeus?” (Gálatas 2: 11
e 14).
No
Concílio de Jerusalém, o primeiro da história da igreja, Pedro e Paulo
trouxeram elementos fáticos que informaram a decisão, mas foi Tiago quem deu a
palavra decisiva e final (Atos 15: 13- 22). Tiago tinha maior destaque que
Pedro na igreja pioneira de Jerusalém. Quando Paulo foi a Jerusalém, reuniu-se
com os presbíteros da igreja na casa de Tiago (Atos 21: 18). Os crentes de
Jerusalém, como disse Paulo, eram “da parte de Tiago” (Gálatas 2: 12).
Pedro
se submetia ao colégio apostólico:
“Os apóstolos, pois, que
estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, ENVIARAM
lá Pedro e João” (Atos 8: 14).
Pedro
disse que Jesus, não ele, era o “sumo Pastor” (I Pedro 5: 4).
Pedro nunca
disse que era papa, nem a Bíblia nunca fala em sucessão papal. Não há também
nenhuma prova de que Pedro tenha sido bispo de Roma. Na carta de Paulo para a
igreja de Roma, ele manda saudação para muita gente (Romanos 16), mas nunca
fala em Pedro. Trata-se de uma carta para corrigir erros doutrinários, mas isso
seria desnecessário se Pedro estivesse lá.
Pedro,
diferentemente dos papas, não acredita que tinha poder de perdoar pecados:
“Mas disse-lhe Pedro....
Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade e ORA A DEUS, PARA QUE, PORVENTURA, TE
SEJA PERDOADO O PENSAMENTO DO TEU CORAÇÃO” (Atos 8: 20-22).
È verdade
que Pedro recebeu as chaves do Reino dos Céus (ministério de pregação), mas
todos os apóstolos também receberam. Eis o que Jesus disse aos doze reunidos:
“Em verdade vos digo que tudo
o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu” (Mateus 18: 18)
Essas
chaves anteriormente estavam na mão dos escribas e fariseus (Mateus 23: 13).
Pedro,
diferentemente dos papas, não aceitava que alguém se curvasse perante ele:
“E, aconteceu que, entrando
Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas
Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem” (Atos 10:
25-26)
Pedro,
diferentemente dos papas, tinha esposa que o acompanhava:
“Não temos nós direito de
levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos
do Senhor, e CEFAS (=Pedro)?” (I Coríntios 9: 5).
A
Bíblia, inclusive, menciona que Jesus curou a sogra de Pedro (Marcos 1: 29-31).
Pedro
se considerava um pastor como qualquer outro:
“Aos presbíteros, que estão
entre vós, admoesto eu, que sou TAMBÉM PRESBÍTERO COM ELES...” (II Pedro 5:
1)
Quando
Marcos registra que o anjo disse as mulheres para avisar acerca da ressurreição
de Cristo aos discípulos e a Pedro (Marcos 16: 7), isso não indica
nenhuma superioridade de Pedro, mas, sim, uma possível discriminação da sua
pessoa entre os discípulos pelo fato de ele ter negado Jesus três vezes depois
de ter dito que todos os outros negariam menos ele.
Dr. Glauco Barreira Magalhães
Filho
Doutor em Teologia
Doutor em Ministério
Pós-graduado em Teologia Histórica
e Dogmática
Professor de Hermenêutica
Professor de História das Missões
sexta-feira, 22 de março de 2013
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO: A VOLTA À BARBÁRIE
Ao receber a notícia de que o Conselho Federal de Medicina
se manifestou a favor do aborto até o terceiro mês de gravidez, eu fiquei
revoltado. A minha indignação vinha por eu assistir uma profissão que cuida da
vida e faz juramento de preservá-la sendo instrumentalizada por movimentos
políticos aliados do partido governista. É a típica vassalagem dos intelectuais
ou profissionais ao poder, algo próprio dos regimes autoritários.
Do
ponto de vista prático, isso é uma desproporcionalidade. Depois que o mundo inventou
tantos métodos para evitar filhos, voltamos a discutir o assassinato depois da
concepção. A cultura da morte é também a cultura do materialismo e do
hedonismo. Filhos podem ser sacrificados para não serem um fardo no orçamento dos pais.O aborto torna-se a saída mais rápida para quem não quer ter um “déficit” de prazer na
relação sexual pelo uso de preservativos, ou, ainda, sendo mulher, quer evitar os desconfortos decorrentes do uso de pílulas
anticoncepcionais.
A
legalização do aborto é o retorno da barbárie.O próximo passo é aceitar o
canibalismo. E para quem acha que estou exagerando, recomendo que ouça as
palavras do famoso abortista Peter Singer:
“Os mentalmente defeituosos não têm direito
à vida, podendo, portanto, ser mortos para servir de alimento – se nós
viéssemos a desenvolver um gosto pela carne humana – ou para o fim de
experimentação científica”.[1]
Peter
Singer também disse que “bebês débeis mentais não possuem direitos maiores do
que os de certos animais” (Independent Extra – 13 de setembro de 2006).
Bill
Hamilton, renomado biólogo darwinista e defensor do aborto, disse que tinha
mais simpatia por uma samambaia do que por uma criança chorando. David
Robertson disse o seguinte sobre Hamilton:
“Ele
argumentava que os machos estavam grandemente fadados a competirem e que a
finalidade do sexo era limpar o conjunto genético da população filtrando os
inúteis e os fracos. O macho de condição baixa é melhor morto. Tudo na
natureza, de acordo com Hamilton, podia ser explicado como resultado da
competição de genes. Ele defendia um radical programa de infanticídio, eugenia
e eutanásia a fim de salvar o mundo. Acreditava que a medicina moderna estava
causando dano ao permitir que os fracos sobrevivessem, preservando assim os
genes deles”.[2]
Para
concluir, cito as palavras de William Brennan:
“Embora
cada holocausto uma vez praticado seja um evento sem precedentes por si só,
isso não deveria diminuir o que todos os holocaustos têm em comum... a
destruição sistemática e generalizada de milhões vistos como massas
indiscriminadas de subumanos sacrificáveis.
“O ambiente cultural para um holocausto humano está
presente sempre que qualquer sociedade é desencaminhada e passa a definir indivíduos
como menos que humanos e, portanto, destituídos de valor e respeito.”[3]
É preciso que toda a sociedade proteste!
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Mestre em Direito
Doutor em Sociologia
Livre Docente em Filosofia do Direito
Professor de Hermenêutica Jurídica e Estudos do Imaginário
Jurídico da UFC
[1]
Citado em ANKERBERG, John. WELDON, John. Os Fatos sobre o Aborto. Trad.
Eros Pasquini Jr. Porto Alegre: Chamada, 1999, p. 7
[2]
ROBERTSON, David.As cartas para Dawkins. Trad.Vanderson Moura da Silva.
Brasília: Monergismo, 2009, p. 116
[3] BRENNAN, William. Medical
Holocausts: Exterminative Medicine in Nazi Germany and Contemporary America.
Boston, MA: Nordland Pub. International, Inc. 1980, vol. 1, p. 68
quinta-feira, 21 de março de 2013
PEDRO NÃO FOI PAPA (I)
Quando Jesus perguntou aos seus
discípulos QUEM eles diziam que ele era, Pedro, tomando a palavra, falou em
nome de todos, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16: 16).
Nesse momento, nos evangelhos de Marcos e Lucas, a narrativa termina. Mateus,
por sua vez, registra as palavras que Jesus disse a Pedro em seguida. Os outros
evangelistas não registram a contuidade do diálogo que prossegue em Mateus
porque ele não acrescentava novas informações teológicas, antes, tão somente
confirmava o valor da confissão de Pedro.
Mateus
diz que Jesus felicitou Pedro pela confissão acertada que fizera, assegurando
que ele falara por revelação do Pai (Mateus 16: 17). Depois disso, Jesus disse:
“Pois também eu te digo que tu és
Pedro e SOBRE ESTA PEDRA edificarei a minha igreja...” (Mateus 16: 18).
O
nome masculino “Pedro” vem de “petros” (grego), que significa “fragmento”, mas
“pedra”, termo feminino, vem de “petra” (grego), que significa uma grande
rocha. Jesus disse que, apesar de Pedro ser apenas um fragmento, a sua
confissão (ou aquele a quem ele confessara) era uma rocha. A “pedra” era a
confissão de Pedro (a divindade de Cristo) e não o próprio Pedro. Se Jesus
quisesse dizer que a pedra era Pedro, ele teria dito: “sobre TI edificarei a
minha igreja”.
Pedro,
inconstante como era, jamais poderia ser o sustentáculo inamovível da igreja.
No mesmo capítulo 16 de seu evangelho, Mateus narra:
“E Pedro, tomando-o de parte,
começou a repreende-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te
acontecerá isso. Ele (Jesus), porém, VOLTANDO-SE, DISSE PARA PEDRO: PARA TRÁS
DE MIM, SATANÁS, QUE ME SERVES DE ESCÂNDALO...” (Mateus 16: 22, 23).
O
próprio Pedro disse que Jesus era a “pedra” (Atos 4: 11, 12; I Pedro 1: 4, 6,
7). Paulo diz que “a pedra era Cristo” (I Cor. 10: 4) e que “ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (I Cor. 3:
11).
Paulo
diz explicitamente que Jesus é a pedra sobre a qual a igreja está edificada:
“... de que JESUS CRISTO É A
PRINCIPAL PEDRA DA ESQUINA; NO QUAL TODO EDIFÍCIO, BEM AJUSTADO, CRESCE PARA
TEMPLO SANTO NO SENHOR, NO QUAL TAMBÉM VÓS JUNTAMENTE SOIS EDIFICADOS PARA
MORADA DE DEUS NO ESPÍRITO.” (Efésios 2: 21-22).
Quanto
a Jesus falar na terceira pessoa se referindo a si mesmo (“esta pedra”), nós
vemos isso em outra ocasião:
“Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas
Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça
do ângulo. Pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?... E,
quem cair SOBRE ESTA PEDRA, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair
ficará reduzido a pó” (Mateus 21:42 e 44).
Rev. Glauco Barreira Magalhães
Filho
Doutor em Teologia
Doutor em Ministério
Pós-graduado em Teologia
Histórica e Dogmática
terça-feira, 19 de março de 2013
PEDRO E A IGREJA DE ROMA
A igreja católica romana afirma
que Pedro foi o fundador da igreja de Roma e o seu primeiro bispo. Seriam
verdadeiras essas afirmações? O presente artigo pretende oferecer respostas.
A
Bíblia não diz em passagem alguma que Pedro tenha sido o bispo de Roma.
Provavelmente, a igreja de Roma foi fundada por pessoas estrangeiras que
estavam em Jerusalém e se converteram no dia de Pentecostes. Essas pessoas
foram espalhadas depois da perseguição seguinte a morte de Estevão e pregaram o
evangelho por toda parte (Atos 8: 4).
Paulo
escreveu uma carta para a igreja de Roma. No último capítulo, ele mandou
saudação nominal para várias pessoas, mas não mencionou em parte alguma o nome
de Pedro.
No
livro de Atos, nós lemos que Paulo chegou a Roma e reuniu-se com os irmãos
(Atos 28:15). Nenhuma menção é feita a Pedro.
Vamos
agora considerar a opinião de alguns historiadores católicos. Comecemos com o
sacerdote romanista LORENZO TURRADO. Ele falou o seguinte sobre o nascimento da
igreja em Roma:
“O
mais provável é que resultara da cooperação de muitos, em virtude de muita
gente de todos os países afluir aRoma, por sua condição de Capital do Império,
sendo, pois, óbvio supor-se que, entre tantos, houvesse também cristãos, os
quais se agrupavam em comunidade, levando a mensagem do Evangelho aos
habitantes da cidade. É possível que isto acontecesse desde os primeiros dias
da Igreja se os ‘FORASTEIROS ROMANOS’ ouvintes da pregação de Pedro no dia de
Pentecostes (Atos 2: 10) se converteram.”
Acerca da
tradição que diz ter Pedro ido a Roma no reinado de Cláudio (41-54) e lá
permanecido por 25 anos, diz TURRADO:
“Temos
que reconhecer, todavia, que todas estas informações são tardias e, embora por
muitos aceitas, NÃO SÃO SUFICIENTEMENTE GARANTIDAS.” (BÍBLIA COMENTADA –
Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1965, Vol. VI, p. 251-252).
Para
TURRADO, a única coisa de que não se pode duvidar é do martírio de Pedro em
Roma.
O
autor católico Philip Hugues, em sua “História da Igreja de Cristo”, cuja
tradução para o português foi divulgada em 1954 pela Companhia Editora Nacional
(S. Paulo), disse:
“Não
sabemos a data precisa em que a Igreja de Roma foi fundada, tampouco a data em
que S. Pedro, pela primeira vez, foi a esta cidade” (p. 17-18).
O
frade DAGOBERTO ROMAG, OFM, lente de História Eclesiástica, em seu livro
“Compêndio de História da Igreja” (Petrópolis: Vozes, 1939), disse:
“Infelizmente,
as notícias que possuímos de S. Pedro são muito escassas. Os Atos dos Apóstolos
só se referem a sua pregação em Jerusalém e outras partes da Palestina até o
batismo de Cornélio. A sua atividade durante os anos seguintes é quase
completamente desconhecida”(p. 48).
Se
o bispado de Pedro em Roma fosse tão importante como o catolicismo quer
sugerir, porque a Bíblia não destacou isso? Por que a Bíblia não reconheceu
qualquer superioridade da igreja romana sobre as outras?
DANIEL
ROPS é um autor católico que foi membro da Academia Francesa de Letras. Ele
publicou em 6 volumes a sua “História da Igreja de Cristo”, cuja tradução para
o português foi divulgada pela Livraria Tavares Martins, de Porto (Portugal),
em 1960. Seguem as suas palavras:
“A
estada de S. Pedro em Roma constitui um dos mais palpitantes assuntos de
discussão pelo que se refere a esse período da história cristã, discussão tanto
mais viva quanto uma relação precisa entre a igreja de Roma e S. Pedro é
evidentemente de toda a importância, quanto à origem da autoridade dos papas”(p.
108- nota 22).
“Infelizmente,
não temos informações seguras sobre a ação desenvolvida pelo príncipe dos
apóstolos depois de sua estada em Antioquia” (p. 108-109).
É
claro que todos esses autores, sendo católicos, sustentam que Pedro foi Papa em
Roma. São obrigados a sustentar aquilo de que não estão convencidos como
historiadores. Tenho piedade deles!
Algumas
“autoridades romanistas”, entretanto, não mostram nenhum resquício de bom senso
em sua submissão ao dogma papista. O clérigo Rivaux, em seu “Tratado de
História Eclesiástica” (Porto, 1876), disse:
“O
pontificado de S. Pedro durara 33 anos e alguns meses, dos quais, quase 8
passados em Jerusalém e, depois, em Antioquia, e 25 anos, 2 meses e 7 dias em
Roma” (p. 78).
O
papista esqueceu de mencionar as horas, os minutos e os segundos!
A Bíblia
não coloca Roma em nenhuma proeminência. A igreja nasceu em Jerusalém (Atos 2).
As missões gentílicas saíram de Antioquia (Atos 13). Foi a partor de Roma que
vieram as mais severas perseguições contra os cristãos. Daniel profetizou que o
povo do futuro anticristo destruiria Jerusalém e o templo (Daniel 9: 26) e nós
sabemos que os romanos fizeram isso no ano 70 da era cristã. O próprio Pedro
chamou Roma de BABILÔNIA (I Pedro 5: 13), termo que no Apocalipse designa o
falso sistema religioso. O pai da igreja denominado Irineu (130-202 d.C)
sugeriu a associação do nome “Lateinos” (de “latim”, língua romana) com o
número 666 (“Contra as Heresias”, Lv. 5, cap. 30).
Vale
salientar que a igreja primitiva não tinha o bispado monárquico. Em cada igreja
havia muitos bispos (Filipenses 1:1, Atos 20: 17, 28).
Pedro se
considerava apenas um bispo ou presbítero entre outros:
“Portanto,
suplico aos presbíteros que há entre vós, eu que sou presbítero com eles”(I
Pedro 5: 1).
Jesus
disse a Pedro que pastoreasse as suas ovelhas (junto com os outros) e não que
pastoreasse os seus pastores!
Dr. Glauco Barreira Magalhães
Filho (Doutor em Sociologia, Doutor em Teologia, Doutor em Ministério,
Pós-graduado em Teologia Histórica e Dogmática, Professor de Hermenêutica)
sexta-feira, 15 de março de 2013
CULTO DOS 110 ANOS DA FACULDADE DE DIREITO DA UFC
Compareceram ao culto de ação de graças pelos 110 anos da Faculdade de Direito da UFC, o Diretor, o Vice-Diretor, o Vice-Coordenador, o Coordenador do Programa de Pós-graduação, vários professores da UFC (entre os quais estava o prof. Paulo Bonavides), professores da UNIFOR e da FAMETRO. O Rev. Glauco Filho foi o ministrante.
quinta-feira, 14 de março de 2013
O PAPA PIO XII, O ANTI-SEMITISMO E O SILÊNCIO DO VATICANO
Na quarta capa de um livro de Georges Passelecq (Monge Beneditino da Abadia de Maredsous - Bélgica, antigo resistente e deportado, vice-presidente da Comissão Nacional Católica Belga para as Relações com o Mundo Judeu) e Bernard Suchecky (Doutor em História da École des Hautes Études en Sciences Sociales), publicado pela editora Vozes (1998), temos:
"Em junho de 1938, o papa Pio XI encomenda a três jesuítas - um americano, um alemão e um francês - o projeto de uma encíclica destinada a denunciar o racismo e o anti-semitismo. Entregue em Roma, no final de setembro do mesmo ano, esse documento não chegou a ser publicado, nem utilizado. Muito doente, Pio XI morre em fevereiro de 1939. O cardeal Pacelli sucede-lhe com o nome de Pio XII e o Vaticano fica calado, no momento em que se prepara o extermínio dos judeus na Europa".
O livro também diz:
"Ao sucedê-lo, o cardeal Pacelli, que se tornou Pio XII, não divulga a encíclica e, então, o Vaticano simplesmente se cala ante o extermínio dos judeus , na Europa"
O livro é intitulado "A Encíclica Escondida de Pio XI: Uma oportunidade perdida pela igreja diante do Anti-semitismo".
terça-feira, 12 de março de 2013
HOMENAGEM AO EX-PADRE ANÍBAL PEREIRA DOS REIS
Em
1979, o pastor batista e ex-padre Aníbal Pereira dos Reis, homem probo e culto,
foi alvo de controvérsia com o cardeal católico Agnelo Rossi. Aníbal divulgou
uma carta do cardeal que foi publicada pelo Jornal Batista (com reconhecimento
de firma referente a sua assinatura e autenticação cartorária do documento).
Ele conseguiu a carta através de um amigo que, muito embora estando nas altas
esferas clericais, não concordava com as injustiças cometidas contra ele. A
carta era endereçada ao sr. Paulo Evaristo
Arns e continha alusões a Aníbal, no sentido de que ele representava um perigo
para o catolicismo romano, tendo em vista o seu poder argumentativo e dedicação
ao que cria. Agnelo Rossi, na correspondência, sugeria a descoberta pela CNBB
de “medidas adequadas” para desmoralizar Aníbal, inclusive entre os
protestantes.
Depois da
publicação da carta no mencionado jornal evangélico, Agnelo Rossi alegou que
ela era falsa e publicou a sua resposta também no jornal Batista, que
democraticamente (ao contrário do que faz a imprensa católica), publicou as
suas explicações. Líderes da igreja romana aproveitaram a oportunidade para
divulgar que o jornal Batista estava se retratando, o que não representava a
verdade.
Embora o
jornal Batista fosse de pequena e limitada circulação, os líderes romanistas,
sem dar maiores explicações do conteúdo da carta, publicaram nos grandes
jornais (como a Folha de São Paulo) que havia ocorrido uma falsificação
epistolar com a assinatura de Agnelo Rossi. Aníbal prestou declarações a vários
jornais seculares, mas nenhum deles quis publicar a sua defesa e explicação. O
ano de 1979 era uma época de autoritarismo e hegemonia católica no Brasil.
Aníbal, então,
publicou um livro, provando a validade da carta e respondendo magistralmente as
alegações de Agnelo Rossi. O livro, que foi intitulado de “As aventuras do
Cardeal”, vale a pena ser lido.
É bom lembrar
que, antes do incidente, o clero católico havia levado Aníbal a um processo
judicial com calúnias vis e torpes. Isso foi após ele abandonar o sacerdócio
por haver crido evangelicamente em Jesus Cristo. Acerca disso, o ex-padre
disse:
“Em meu livro
TORTURAS E TORTURADO, em quase 300 páginas devidamente documentadas, registro
as atrocidades a que fui submetido pelos hierarcas romanistas. Cada página,
cada linha desse livro foi escrito com lágrimas”.
“Aquele
processo judicial, que levou o número 36.501, se encerrou após seis anos de
tramitação pelos vários interstícios da Justiça, no dia 7 de outubro de 1971,
em São Paulo, com a minha ampla vitória” (AS AVENTURAS DO CARDEAL, Edições
Cristãs, p. 40).
Aníbal foi
absolvido das acusações em 26 de abril de 1971, em Orlândia, cidade do interior
paulista, e, em segunda instância, no foro de São Paulo, em 07 de outubro do
mesmo ano. O próprio Ministério Público, contrariamente a sua função, solicitou
a absolvição de Aníbal.
A carta
controversa de Agnelo Rossi foi escrita em 12 de novembro de 1971, apenas um
mês após a sentença judicial do processo supramencionado. Aníbal disse:
“... Se essa
carta houvesse, de fato, sido forjada, Rossi nunca perderia essa excepcional
oportunidade de me massacrar... E por que Rossi também, com relação a essa
carta, se restringiu a tolas justificativas? Por que não pediu à autoridade
competente uma perícia técnica?... Se aquela carta houvesse sido realmente
forjada, com a gana que Rossi tem de me ver trancafiado na cadeia, por certo,
teria se valido daquele expediente técnico e a estas horas estaria eu atrás das
grades como um criminoso, um falsificador de documentos.” (AS AVENTURAS DO
CARDEAL, Edições Cristãs, p. 40).
A carta
controversa foi mencionada como verdadeira nas páginas amarelas do número 553
da revista VEJA (11 de abril de 1979) - “Investigação no Clero”.Depois dessa
carta, através da mesma fonte, Aníbal conseguiu e publicou outras cartas de
Agnelo Rossi para o Cardeal Arns. Nessas novas cartas, os cardeais falavam do
êxito da mentira inventada por eles e da surpresa por ela cair nas mãos de
Aníbal.
Agora,
vemos o “esgoto do Vaticano” sendo aberto e o “papa” Bento XVI, que teve a
coragem de dizer que a igreja precisava da paixão por Deus que teve Lutero,
caindo fora. Por muito tempo, a igreja católica escondeu os seus desmandos
(sodomia, pedofilia, corrupção, etc), por um poderoso controle e voto de
silêncio, mas, agora, toda a sua imoralidade está vindo à luz. Não seria também
a hora de admirarmos a figura ilustre de Aníbal Pereira dos Reis, tão
maltratado pelo catolicismo e tão pouco lembrado por nós! O catolicismo perdeu
a máscara e chegou a hora de homenagearmos postumamente os heróis evangélicos!
Dr. Glauco Barreira Magalhães
Filho
Doutor em Sociologia
Mestre em Direito Público
Livre Docente em Filosofia do
Direito
sábado, 9 de março de 2013
CONFLITO NA IRLANDA DO NORTE NO SÉCULO XX
Os
variados conflitos na Irlanda datam de mais de 500 anos, quando imigrantes
britânicos chegaram para colonizá-la. A luta pelo controle político da ilha
chegou a uma definição com a vitória do príncipe holandês Guilherme de Orange
contra o rei James I na batalha de Royne. Depois disso, houve relativa paz por
séculos. Em 1920, houve uma nova luta armada que dividiu a ilha em República de
Eire (Irlanda do Sul) e a região autônoma de Ulster (Irlanda do Norte), sendo o
Sul menos desenvolvido que o Norte. Feita a divisão, houve meio século de paz.
A
guerra foi iniciada não propriamente por católicos ou protestantes, mas pelo
IRA (Exército Republicano Irlandês), grupo nominalmente “católico”. Quando
estive na Irlanda, eu vi nos bairros aderentes ao IRA uma mistura de símbolos
católicos, comunistas e anárquicos.
O IRA começou
a luta contra os ingleses em 1916. A partir de 1920 (ano da divisão da Irlanda)
viveu na clandestinidade até 1956. Após esse ano, voltou a atacar por técnicas
terroristas. Foram desestruturados por forças regulares em 1960. Eles, então,
voltaram a agir em 1969 com terrorismo indiscriminado. O IRA se tornou um grupo
organizado com poderosa munição e atiradores treinados em Cuba, na Coréia e na
antiga Rússia.
O governo
da Irlanda do Sul (país católico) também rejeitou o IRA como movimento ilegal,
pois o projeto do IRA era unificar as duas partes da Irlanda sob um governo
marxista. Na Irlanda do Norte (Protestante), a maioria dos católicos não apoiou
o IRA, mas, por temor de represália, se tornou uma “maioria silenciosa”.
Os
protestantes da Irlanda do Norte e muitos católicos têm resistido a idéia de
união com a Irlanda do Sul por motivos econômicos (o padrão de vida e os
salários no Sul são bem inferiores ao Norte) e ideológicos (a Igreja Católica
Romana é a religião oficial e constitucional da República da Irlanda, mas os
protestantes querem um Estado cristão não confessional).
No
passado, houve certas injustiças aos católicos na Irlanda do Norte, mas o
governo tem procurado reparar isso. Cerca de 52% das casas populares
constituídas desde a Segunda Guerra Mundial foram destinadas aos católicos,
apesar de representarem apenas um terço da população. Por outro lado, há o que
o Bispo Robinson Cavalcanti chamou de “autodiscriminação”: “os católicos querem
escolas católicas, não aceitando mandar os filhos para as escolas públicas”.
A
liberdade dos católicos se revela no fato de que, de cinco jornais diários
existentes no século XX, três eram católicos, um era protestante e um era
neutro. Diferentemente do que a imprensa internacional disse, os conflitos
foram localizados e não atingiram todo o país, sendo os protestantes
extremistas (UDA) uma minoria.
Como
se pode perceber, a guerra irlandesa nunca foi religiosa, mas é uma guerra
política com insinuações religiosas. Tudo ficou mais grave com o
sensacionalismo da imprensa.
Do
ponto de vista positivo, conforme o Bispo Robinson Cavalcanti, “a Irlanda do
Norte apresenta o melhor quadro de moralidade e decência das ilhas britânicas,
assim como de freqüência às igrejas e de convicções religiosas. A família é
mais estável e as tradições mais relevantes... Centenas e milhares de pessoas
estão orando em grupos, pela manhã, ao meio-dia ou à noite por um reavivamento
espiritual, por uma paz que seja fruto do sopro do Espírito de Deus”.
Dr.
Glauco Barreira Magalhães Filho
Doutor em Sociologia (UFC)
Doutor em Ministério (FTML)
Professor de Hermenêutica (UFC)
Membro do Núcleo de Estudos de Política, Religião e
Cultura (NERPO – UFC)
terça-feira, 5 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
ARTIGOS ACADÊMICOS - PROF. GLAUCO BARREIRA MAGALHÃES FILHO
Artigo "PROTESTANTISMO, ESTADO DE DIREITO E TOTALITARISMO" - Revista da Faculdade de Direito (UFC) - Edição comemorativa dos 110 anos:
Artigo "O IMAGINÁRIO CRISTÃO E OS FUNDAMENTOS DO ESTADO MODERNO" - Revista Ethnic (Revista Brasileira de Estudos Interculturais):
domingo, 3 de março de 2013
CORPO DOCENTE DA FACULDADE DE DIREITO (UFC) - FOTO DOS 110 ANOS DO CURSO DE DIREITO
DR. GLAUCO BARREIRA MAGALHÃES FILHO (O PRIMEIRO À DIREITA NA PRIMEIRA FILA)
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