O
feminismo foi um movimento que quis acabar com as diferenças entre os papéis do
homem e da mulher, principalmente no lar. Os seus símbolos foram os usos de
calças (roupa masculina) e cabelos curtos pelas mulheres.
Em
nome da libertação das mulheres de seus deveres familiares, defendeu-se a
transferência da missão de educar os filhos para o Estado, a contracepção e o
aborto. O lesbianismo e a possibilidade de inseminação artificial anônima
também foram festejados como instrumentos para a independência da mulher.
Nos
anos 70, o feminismo se fortaleceu com a ideologia de gênero para sustentar que
as diferenças genitais eram menos importantes que a identidade sexual
efetivamente escolhida. Essa última poderia estar contraposta ao sexo
biológico.
Pela
argumentação assumida pelo feminismo, percebe-se que era só uma questão de
tempo para ele se aliar ao movimento homossexual, o que se deu na década de 80.
As igrejas
evangélicas inicialmente resistiram ao feminismo, mas quando o referido
movimento remodelou certos padrões culturais da sociedade, muitas igrejas não
“agüentaram” a pressão e assumiram também os novos parâmetros distorcidos.
Assim, mulheres que se professavam cristãs começaram a usar roupas masculinas e
cabelos curtos. A resistência intelectual ao feminismo ficou incoerente. Com o
passar do tempo, muitas igrejas começaram a ordenar mulheres ao ministério
pastoral, piorando ainda mais as coisas.Uma igreja, ao se tornar mundana nos
hábitos, não podia manter a ortodoxia no plano dos pensamentos, pois são os
hábitos culturais que definem a mentalidade da sociedade, ou seja, as
estruturas de plausibilidade do pensamento certo e errado.
Vale
dizer que o mundanismo cultural atingiu todo o catolicismo, as “testemunhas de
Jeová”, os “mórmons”, os “adventistas do sétimo dia” e os evangélicos. Desses
grupos, nenhum tem focos de resistência, exceto os evangélicos.
A Bíblia não
coloca a mulher como inferior ao homem, pois ambos são a imagem de Deus. Ela,
porém, define papéis distintos para cada um. No lar, o homem, embora deva ouvir
a mulher, tem a palavra final quando houver um impasse. Isso preserva a família
do divórcio como solução. A liderança masculina, porém, deve seguir os
princípios bíblicos e deve ter por objetivo defender a dignidade dos membros da
família. Até uma feminista reprovaria um pai que não assumiu a defesa da
família diante de um agressor externo.
Como o Deus da
redenção é o mesmo da criação, a Escritura diz que um pastor (bispo) deve ser
escolhido de acordo com o sucesso de sua experiência como cabeça do lar. Em
nenhum momento, é defendida a possibilidade de uma mulher ser pastora (embora a
Bíblia mencione mulheres pregadoras). Imagine: Caso uma mulher fosse líder da igreja a
que pertencia o marido, quem deveria ter a liderança final no lar? Algumas igrejas
(que ordenam mulheres) têm dado uma solução imoral para isso, promovendo a
ordenação de casais (marido e mulher) e fazendo da igreja um feudo familiar.
É curioso
observar como as mulheres que pastoreiam igrejas, sem que seus cônjuges também
sejam pastores, adquirem hábitos masculinos no falar e no proceder. Elas
mostram com isso reconhecerem estar exercendo uma tarefa masculina.
A hermenêutica
crítica utilizada pelas “feministas evangélicas” para defender a ordenação
ministerial de mulheres tem agora servido à causa homossexual. Para o feminismo
“evangélico”, os papéis atribuídos às mulheres na Bíblia e a ausência de
mulheres pastoras no período apostólico decorreram do preconceito de seus
autores, os quais eram condicionados por sua época. Nessa hora, perguntamos
para onde terá ido a doutrina da inspiração verbal das Escrituras.
Os
homossexuais dizem que a Bíblia condenou atos homossexuais promíscuos de
heterossexuais, mas os autores não conheciam o fenômeno da homossexualidade e a
“realidade” da identidade de gênero. Eles têm citado abertamente os princípios
hermenêuticos adotados pelas defensoras da ordenação de mulheres a seu favor.
Para a igreja
se opor de modo coerente ao casamento homossexual e a “ordenação” de sodomitas
ao ministério, ela não poderá aceitar a ordenação de mulheres e a ausência de
distinções no traje e na aparência entre homem e mulher. De outro modo, a
igreja trará em si a semente de sua derrota.
Não adianta a
resistência intelectual sem resistência cultural. A ortodoxia cairá sem ortopraxia.
A fé sem obras é morta!
Dr. Glauco
Barreira Magalhães Filho
Doutor em
Sociologia (UFC)
Doutor em
Teologia (Faculdade Etnia)
Doutor em
Ministério (FTML)
Professor da
UFC
Excelente!
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