CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

QUE VINHO FAZ BEM A SAÚDE?

   O pesquisador sênior da Universidade de Sheffield, John Holmes, afirmou que os chamados benefícios do álcool para a saúde podem ter sido “substancialmente superestimados”. Atualmente, já se sabe que, no caso do vinho, o que faz bem são as substâncias contidas na uva. E o suco puro não fermentado carrega esses benefícios sem as desvantagens do álcool.

     Na Bíblia, existem várias palavras que são traduzidas como vinho ou bebida forte, como oinos, que tanto se refere ao vinho embriagante como ao suco de uva; shekar, bebida embriagante; e tyrosh, vinho fresco recém-espremido da uva, ou seja, o puro suco da uva. A Enciclopédia Judaica informa que o vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat (vinho de tonel). O livro de Lamentações (2:12) fala de um vinho (yaín) como alimento de bebês de colo, e esse só poderia ser o puro suco da uva.

    O hebraico yaín e o grego oinos são palavras genéricas que representam todos os tipos de vinho, tantos os embriagantes quanto os não fermentados. Logo, para identificar quando se trata de um ou de outro tipo de vinho, deve se avaliar os contextos literário e social da época.

    Só há um tipo de vinho recomendado na Bíblia, o tyrosh, o puro suco da uva recém-espremida. Em Provérbios 3:10, tyrosh aparece como símbolo de bênção e prosperidade: “E se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho (tyrosh) os teus lagares.” Também em Deuteronômio 11:14: “Darei as chuvas da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso cereal e o vosso vinho (tyrosh) e o vosso azeite.”

    Todos os vinhos embriagantes e as demais bebidas fortes são tidos como destruidores (veja, por exemplo, Pv 23:29-32) ou alvoroçadores (Pv 20:1; Ef 5:18), impróprios para o consumo daqueles que seguem a sabedoria e a justiça (Pv 23:20, 31, 32 e Pv 31:4).

    Quando às bodas de Caná, evento relatado em João 2, Cristo não poderia ter produzido vinho alcoólico, cujo efeito sobre muitos dos convidados, após beberem “fartamente” (palavra utilizada pelo próprio texto), certamente seria aquele descrito em Provérbios. Ele estaria trazendo para Si, em última instância, a responsabilidade pela intoxicação alcoólica daquelas pessoas. Além disso, o Senhor não poderia contrariar o ensino que o Espírito posteriormente transmitiria por meio de Paulo: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1Co 3:16, 17).



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