CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O QUE O "EXÉRCITO DA SALVAÇÃO" PENSAVA SOBRE BEBIDAS ALCOÓLICAS


William Booth foi o fundador do Exército da Salvação (século XIX), um movimento de evangelização herdeiro da tradição deixada por John Wesley e os primeiros metodistas. O Exército da Salvação foi o canal para um dos mais poderosos avivamentos na Inglaterra desde Whitefield e Wesley. A esposa de William, Catherine Booth, foi um exemplo de piedade e fervor evangelístico. Em seu livro “Catherine Booth, A Mãe do Exército”, Joan Metcalf, registra o seguinte episódio:

            “William fora aconselhado por um médico a tomar um pouco de vinho devido à sua fraca saúde. Quando Catherine ouviu acerca disso pelo próprio William, alarmou-se. Então disse uma coisa sábia: ‘Não deves dar ouvidos... ao conselho de qualquer um que se diga experiente’. Catherine estava convicta de que a bebida alcoólica não era um medicamento. Não estava tão certa acerca da atitude de William. Sentiu que era muito importante que ele também se convencesse, e lhe mandou um livro sobre o assunto. Ela marcara partes do livro com um lápis verde e lhe pediu para que lesse, mesmo que tivesse que ficar até altas horas da noite para acabá-lo. Catherine não concordava e se impacientava com o homem que dizia que via o mal em bebida alcoólica e, todavia, tomava um pouco para ‘sua dor de estômago’. As pessoas tinham que se opor a toda bebida alcoólica tanto em princípio quanto na prática.”


            Alguém pode replicar que Paulo aconselhou a Timóteo que bebesse um pouco de vinho por causa de suas constantes enfermidades no estômago (I Timóteo 5: 23). Devemos, porém, lembrar que vinho era o produto da vinha (o suco da uva), podendo ser fermentado (alcoólico) ou não. No caso, é sabido que o álcool não faz bem ao estômago, mas o suco da uva faz. Por outro lado, Paulo fala em “um POUCO de vinho” misturado com água (“não bebas água só”). O resto é só concluir.


Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho

Um comentário:

  1. Rev. Dr. Glauco, pode indicar um email para que eu te envie uma consulta sobre o tema desta postagem? Obrigado.
    Gilmar Araujo

    ResponderExcluir