CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE

Seja bem-vindo a "CRISTIANISMO E UNIVERSIDADE". Aqui procuraremos apresentar artigos acerca de assuntos acadêmicos relacionados aos mais diversos saberes, mantendo sempre a premissa de que a teologia é a rainha das ciências, pois trata dos fundamentos (pressupostos) de todo pensamento, bem como de seu encerramento ou coroamento final. Inspiramo-nos em John Wesley, leitor voraz de poesia e filosofia clássica, conhecedor e professor de várias línguas, escritor de livros de medicina, teólogo, filantropo, professor de Oxford e pregador fervoroso do avivamento espiritual que incendiou a Inglaterra no século XVIII.

A situação atual é avaliada dentro de seus vários aspectos modais (econômico, jurídico, político, linguístico, etc.), mas com a certeza de que esses momentos da realidade precisam encontrar um fator último e absoluto que lhes dê coerência. Esse fator último define a cosmovisão adotada. Caso não reconheçamos Deus nela, incorreremos no erro de absolutizar algum aspecto modal, que é relativo por definição.

A nossa cosmovisão não é baseada na dicotomia "forma e matéria" (pensamento greco-clássico), nem na dicotomia "natureza-graça" (catolicismo), nem na "natureza-liberdade" (humanismo), mas, sim, na tricotomia "criação-queda-redenção" (pensamento evangélico).

ESTE BLOG INICIOU EM 09 DE JANEIRO DE 2012





terça-feira, 3 de novembro de 2020

AS DIFERENTES MANEIRAS COMO O MUNDO SECULAR E A IGREJA VÊEM UM "PASTOR" PROGRESSISTA

 



Para o mundo, um “pastor” progressista é alguém maduro, que saiu do dogmatismo, pensou fora da caixa e viu a realidade mais ampla, alguém que está sendo criticado pelos seus pares por defender a liberdade.

Acontece que, quem mais conhece um pastor e sua história é a igreja, não o mundo secular. O mundo conhece um “pastor” que se tornou progressista pela “bomba” da notícia nos meios de comunicação. Nós, porém, do meio evangélico é que acompanhamos a trajetória de um “pastor” que se tornou progressista.

Para nós, evangélicos, o pastor progressista começa como um obreiro obcecado por fama e reconhecimento. Deseja ser superior aos demais, e, por isso, quer se posicionar sempre de forma controversa e polêmica, até em assuntos mais banais. Ele deseja os espaços da mídia, os holofotes dos jornais e televisão. Quer ser bem acolhido nos meios acadêmicos, pois “pousa” de intelectual e visionário.

Inicialmente, o “pastor” progressista é ortodoxo. Ele não tem talento ou não teve oportunidade para se projetar como “intelectual” no meio secular. Na igreja, que tem um espaço de “concorrência” menor e muitas pessoas ingênuas, ele faz um nome e projeta sua personalidade. Usa de sabedoria de palavras e aproveita espaços em que os cristãos não têm muita habilidade. É “craque” em identificar problemas na igreja e nos cristãos (aqueles que existem em toda parte, mas dos quais ele fala como se fossem peculiares das igrejas). Apresenta soluções superficiais que aparentam profundidade por serem mencionadas com a elegância de um “Rolando Lero”.

Os pastores progressistas deixam para falar as suas maiores aberrações depois que ganham projeção e sabem que terão visibilidade e promoção no mundo secular. Eles, para nós, não são os defensores da liberdade nem os que venceram o dogmatismo e a intolerância, mas são os oportunistas, caçadores de fama e manipuladores de espaços, sendo também inchados de soberba e egocentrismo. Por possuírem uma baixa estima (compensada pelo desejo de superioridade), costumam ser também fortemente ressentidos e paranoicos. Escapam do “ressentimento” os que, entre eles, são psicopatas. Esses são indiferentes a todo sentimento.

Essa é aproximadamente a maneira como evangélicos históricos e ortodoxos terminam geralmente vendo aquilo em que se tornou o “pastor” progressista.

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Quem é o intolerante?

 






Quando, nós, cristãos, defendemos que existe verdade objetiva e valores imutáveis, somos chamados de "intolerantes". A intolerância, porém, não está ligada ao conteúdo imediato de uma crença, mas a como serão tratados os que não concordam com ela. Uma pessoa pode ser relativista, cética, agnóstica, e não tolerar um crente. Enquanto um crente, sendo inabalável em suas crenças, pode tratar com respeito e cortesia o que pensa diferente.

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

Live sobre o livro "GIROLAMO SAVONAROLA & A REPÚBLICA DE FLORENÇA" no dia 02 de Outubro



 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A BESTIALIZAÇÃO NA ERA DO MEDO

 Dante Alighieri para além de "A divina comédia" | Estante Virtual Blog


Relendo A DIVINA COMÉDIA de Dante Alighieri, deparei-me com a passagem em que ele, andando pelo submundo, sob a orientação de Virgílio, escuta o poeta falar sobre a forma como o MEDO é capaz de BESTIALIZAR os seres humanos:

“’’Se bem entendi o que disseste’, replicou a sombra do magnânimo guia, ‘estás dominado por tremendo MEDO’. Este por tal modo DESVIA O HOMEM DA SUA HONRA QUE O PODE NIVELAR A BESTA MAIS ESQUIVA.” (CANTO II).

Durante esses dias, vimos como a COVID-19, por intermédio do MEDO, bestializou o ser humano. Sem coragem, não há honra. Teremos uma geração de covardes, com síndrome de pânico, depressão e toda sorte de fobias. Veremos jovens sem capacidade crítica, pessoas sem reconhecimento de sua dignidade pessoal como seres humanos, enquanto os direitos serão banalizados e os homens só conseguirão ver “salvação” por meio do Estado e de grandes organizações internacionais. Será uma oportunidade para forças obscuras e para a BESTA do Apocalipse estender o seu domínio sobre os BESTIALIZADOS.

Para os cristãos, era de olhar para o céu, de onde nos virá o verdadeiro Salavador!

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A FALÁCIA DO "QUINTAL"

 


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Algumas pessoas que querem "capturar" a ordem jurídica para as suas ideologias particulares dizem assim: "Se você quer casar com alguém do sexo oposto, faça-o, mas deixe o homossexual ter direito ao casamento com outro homossexual. Se você não quer ser transexual, fique à vontade, mas deixe que ele use o banheiro do sexo com que se identifique, bem como faça uso do nome social. Cada um faça o que quiser no seu quintal, mas respeite o que o outro faz no seu!".

O argumento só tem aparência lógica, mas é sofístico do ponto de vista racional. Ele, na verdade, procura convencer por artíficios psicológicos (emocionais), ou seja, fazendo parecer que o opositor não respeita a liberdade. Eu o chamarei nesse breve artigo de "falácia do quintal".

A "falácia do quintal" não leva em conta que nós vivemos em sociedade e que toda institucionalização de comportamento afeta outras pessoas. Se, por exemplo, houver "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, uma criança vai poder ser adotada por esse "casal". Para ajustar os padrões conceituais de modo a englobar essa união civil, poderão querer acabar com os conceitos de pai e de mãe, enfraquecendo, inclusive a importância da paternidade e da maternidade. Os filhos das pessoas que não concordam com essa nova definição de família, por outro lado, a aprenderão na escola, como se fosse mesma coisa que a família que os seus pais defendem.

No caso da ideologia de gênero ser aceita, os padrões de educação que dizem respeito à distinção entre menino e menina, homem e mulher, serão alterados. Se um travesti puder usar o banheiro feminino, isso poderá trazer insegurança e desconforto a mulheres e crianças do sexo feminino no mesmo ambiente. Se um transexual ou travesti puder usar o nome social hoje como um "direito", quererá também obrigar juridicamente os outros a se dirigir a ele por esse nome amanhã, mesmo sendo diferente do seu nome de registro. Isso fará com que seja imposta como verdade uma filosofia desconstrutivista em detrimento da filosofia clássica de caráter ontológico.

Se uma pessoa, por razões de autodesignação no campo sexual, puder usar institucionalmente um nome social diferente do nome de registro, por que não poderia por outras razões? Se o sexo biológico é tido como um desconforto para algumas pessoas, por que outros desconfortos também não poderiam ensejar o uso de nome social? 

Mudanças que parecem ser só uma ampliação de liberdade são, na verdade, a imposição de ideologias que desenharão toda a vida social. Isso levará a uma ditadura da minoria. Não caia, portanto, na falácia do quintal! São coisas muito maiores que estão em jogo!

Prof. Glauco Barreira Magalhães Filho


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

CASAMENTO ENTRE HOMEM E MULHER: O MOMENTO ÁUREO DOS DIREITOS HUMANOS

 

21 Melhores Ideias de Puritanos | Puritanos, Historia da igreja, Teologia


O casamento monogâmico entre um homem e uma mulher é o momento áureo e inconfundível dos direitos humanos. A monogamia assinala a igualdade entre homem e mulher, porquanto nenhum dos dois poderá ter mais de um cônjuge. A exigência de que seja entre homem e mulher homenageia a diversidade e a complementaridade. Assim, ao lado da igualdade, não se perde o brilho da diferença. Na complementaridade (que decorre da diversidade), é reconhecida a nossa sociabilidade em sua forma mais nobre: a solidariedade. Como Durkheim reconheceu num nível macrossocial de atividades, a solidariedade pela diferença (orgânica) supera a solidariedade por semelhança (mecânica).

A fecundidade própria do casamento entre homem e mulher o faz a base da sociedade, bem como de sua continuidade pela perpetuação da humanidade. Tal união é o berço da igualdade e da unidade humana, pois nela nascem pessoas de todas a etnias, opções sexuais, crenças e opiniões. Todos os que pensam ou defendem algo, seja lá o que for, precisaram de um homem e mulher para vir ao mundo.

A união entre pessoas do mesmo sexo ou sodomita (em termos bíblicos) não garante igualdade entre os sexos (masculino e feminino), nem prestigia a diversidade e a complementaridade. Sendo infecunda, não cumpre papel social amplo. Duas pessoas homossexuais numa ilha deserta não procriariam. Seria o fim da humanidade. Homossexuais não geram nem homossexuais que possam dar continuidade ao seu estilo de vida. O resultado seria a nadificação.

Por essas razões, a Declaração de Direitos da ONU e a nossa Constituição falam da importância da proteção especial do Estado para a união entre homem e mulher.

Prof. Glauco Barreira Magalhães Filho

DEMOCRACIA, MAIORIA E MINORIA



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Hoje, casualmente, ouvi uma professora de Direito dizer que a democracia é o governo tanto das maiorias como das minorias. Com isso, ela queria dizer que a democracia atende às agendas ideológicas de ambos os grupos. Em todos os exemplos que ela deu, porém, as agendas da maioria e da minoria estavam em oposição. Ela, porém, mostrava inclinação pela agenda da minoria contra a da maioria, o que, no entanto, seria a completa inversão do conceito de "democracia".

No Estado de Direito, os direitos fundamentais da pessoa humana são respeitados em relação a todos. Os direitos ou liberdades fundamentais, porém, não tem cor ideológica, pois pertencem ao homem enquanto homem. Eles definem a condição para o homem participar da democracia (vida, liberdade de locomoção, expressão e crença, igualdade de tratamento na condição humana, etc). Na verdade, na agenda de algumas minorias está a negação desses direitos (como no caso da defesa do aborto, eutanásia, etc.).

O Estado de Direito garante proteção aos direitos naturais pré-estatais do homem. Esses definem o limite do poder. Quando o Estado de Direito é democrático, temos o governo da MAIORIA, mas resguardado o direito de livre expressão da minoria para continuar tentando convencer a sociedade de suas ideias. O problema é que nos redutos em que essas minorias têm ganhado influência, as opiniões contrárias é que tem sido por elas caladas.

Prof. Glauco Barreira Magalhães Filho

domingo, 30 de agosto de 2020

SOBRE OS ESCÂNDALOS DE FLORDELIS E DO PR. EVERALDO

 A imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e área interna

Foto com dois heróis anônimos nesse formigueiro humano chamado Terra



Como anabatista, eu poderia simplesmente dizer que eu e minha igreja não nos envolvemos em política partidária nem temos candidatos próprios, reservando apenas para a nossa vocação a missão profética, que inclui o protesto contra leis ímpias e contra a degradação moral da cultura. Não digo que mencionar isso NÃO me foi uma tentação no presente. No entanto, não é hora para abandonar o restante dos evangélicos que tem uma visão mais envolvida de cidadania terrena para a “cova dos leões”. Resolvi, portanto, aqui, falar como porta voz da tradição evangélica mais ampla que a minha. Não incluo nela, porém, os defensores da “teologia da prosperidade” nem os teólogos progressistas ou liberais. Esses se desvincularam completamente da herança evangélica verdadeira. Eu me refiro à tradição que inclui a Reforma Protestante do século XVI, os avivalistas (séculos XVIII e XIX) e o movimento dos “fundamentos” nos EUA (século XX).

A tradição evangélica tem influência de dois grandes movimentos: o puritanismo e o metodismo. O primeiro vem do calvinismo, e o segundo, embora tenha surgido no anglicanismo, tem a influência direta do pietismo luterano.

Pela vertente puritana, seria difícil um cristão se enquadrar nos modos de fazer política que predominam hoje. Os políticos de hoje galgam ascensão, sobrelevando as suas ações e denegrindo a dos outros. A piedade puritana se baseava em reconhecer profundamente a corrupção humana, exaltando sempre a graça de Deus. O puritano estava sempre confessando os seus erros, buscando a contrição, fazendo autoexame e desconfiando de suas próprias motivações. Ele não dava a si mesmo o benefício da dúvida e, por isso, podia identificar logo as sementes do pecado, não permitindo que brotassem. Paralelamente a isso, o princípio da caridade cristã lhe exigia sempre pensar bem sobre o seu próximo, buscando a melhor interpretação, a mais benevolente, sem, porém, nunca ignorar ou ficar cego para fatos evidentes. Em outras palavras, ele era radical consigo mesmo e paciente com o próximo.

Quando um evangélico se envolve na FORMA de se fazer política hoje, ele se afasta de suas raízes, do exercício da piedade, tornando-se menos evangélico, ou, então, já foi atraído para esse jogo por ser um pseudo-evangélico.

Os metodistas destacavam a prática de obras de piedade (santificação individual) e obras de misericórdia (santificação social). Para eles, a última não se coadunava com uma vida de ostentação. O lema dos metodistas incluía trabalhar duro, economizar (interditar o gasto supérfluo) e distribuir o acumulado para missões e ajuda aos necessitados (“Ganhe Tudo o que Puder, Poupe Tudo o que puder, Doe Tudo o que puder”).

Eu desconfio de filantropos que se tornam políticos, de obras sociais de iniciativa privada que se alimentam de dinheiro público... como desconfio de figuras religiosas (como João de Deus) que atraem simpatia de artistas da Globo. Prefiro a obra social daquele que não muda o seu estilo de vida depois que a começa e onde a missão é promovida, não a personalidade.

Temo que escândalos recentes prejudiquem a imagem daqueles que fazem trabalhos sociais sinceros e desestimulem uma lúcida assistência aos necessitados. João Wesley, líder metodista do século XVIII, disse:

“Faça todo o bem que puder,

Por todos os meios que puder,

De todas as maneiras que você pode,

Em todos os lugares que você puder,

Em todas as vezes que você puder,

Para todas as pessoas que você puder,

Enquanto você pode, sempre.”

 

Lamento que alguns tomem esses exemplos ruins para falar contra o evangelho e mesmo contra Deus. O maior crime das pessoas que usam o evangelho, porém, é contra o próprio evangelho e contra Deus. Atacar o evangelho é atacar a esperança dos aprisionados pelo vício, pelo abandono, pela promiscuidade, pela amargura, pelo ressentimento. Esqueça esses exemplos ruins e veja quantas pessoas tiveram uma vida transformada pelo verdadeiro evangelho, pessoas que já estariam mortas, num hospício, no crime, na vergonha, se não fosse a mensagem do Cristo que, por amor de nós, foi crucificado!

Não fale contra Deus, pois é pela sua longanimidade que eu e você não fomos consumidos ainda. A natureza humana corrompida que atua nessas pessoas que recriminamos está dentro de nós. Estou escrevendo um livro para o próximo ano sobre o filósofo alemão Karl Jaspers. Ele falou em uma culpa coletiva e metafísica, uma cumplicidade da humanidade no mal que nos deveria fazer humildes e vigilantes.

David Brainerd, que dedicou a sua vida aos índios, quando era elogiado, sentia certa tristeza. Ele dizia que a pessoa que o elogiava não conhecia o seu coração, não sabia quando inclinações contrárias ao bem ele teve que vencer no íntimo em cada boa ação que praticou.

Alguns precipitados dizem: “Por que Deus não acaba com o mal no mundo?”. A resposta é simples: Ele poderia fazer isso agora, bastaria acabar com todos nós. O mal está na nossa natureza caída de sua posição original. Destruir o mal seria, portanto, destruir a humanidade. Deus, porém, quer nos libertar individualmente de nossa natureza caída para nos enxertar em uma nova humanidade que está em Cristo. Deus não quer destruir a humanidade agora porque quer salvar indivíduos humanos. Na sua paciência, ele adia o julgamento da humanidade para salvar indivíduos humanos. Deus ama mais pessoas que uma humanidade genérica. Ele ama o José, a Maria, o João, o Glauco... Ele ama VOCÊ e quer salvar a sua vida!

 

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho

 

 

sexta-feira, 31 de julho de 2020

EM DEFESA DO PR. SILAS MALAFAIA

O pastor Silas Malafaia, presidente da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), recentemente convocou o povo brasileiro para um boicote à NATURA, empresa de cosméticos, por fazer propaganda do dia dos pais, usando uma pessoa que, sendo biologicamente do sexo feminino, agora se identifica pelo “gênero” masculino. Pelo fato de o pastor Silas Malafaia ter dito que nada poderia mudar o sexo biológico e dito que a pessoa contratada para a propaganda era uma mulher, Aliança Nacional LGBTI+ moveu a ação contra o pastor.

Observamos que, do ponto de vista biológico, o pastor não falou nada mais que a verdade cientificamente reconhecida. O “gênero”, mesmo para os que defendem o uso dessa categoria imprecisa, é chamado de sexo social ou identidade sexual, mas é incapaz de mudar o sexo biológico, que precisará ser identificado para inúmeras coisas, inclusive para intervenções cirúrgicas no caso de enfermidades.

Salientamos ainda que a pessoa portadora da “Disforia de Gênero” até não muito tempo se identificava com o seu sexo biológico, sendo modelo, dançarina, vestindo-se de forma feminina e falando em homens como os adequados parceiros para as relações. Se deveríamos chamar de “ele”, poderíamos nos referir como o “ele” que foi “ela”, já que no passado, a pessoa estava identificada com a sua feminilidade? Poderíamos dizer que essa pessoa era “ela” até o ano...? Ainda, considerando o presente, não poderíamos chamar de “ela” do ponto de vista biológico? Algo mudou biologicamente ou cromossomicamente? O médico não pode saber que o “ele” é “ela” para um tratamento? Um pretendente de casamento que HIPOTETICAMENTE desconhecesse uma cirurgia de alteração do fenótipo sexual do parceiro/parceira não teria direito de saber que houve essa intervenção cirúrgica? Se cassasse enganado, o casamento não seria anulável por erro essencial?

A postura dos que tomaram a iniciativa para ação contra o Pastor Silas Malafaia é a de quem quer criminalizar as três grandes religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) em sua forma histórica e ortodoxa. Lembramos que o papa Bento XVI disse recentemente que o “casamento gay” é a manifestação do Anticristo (https://veja.abril.com.br/mundo/bento-xvi-diz-que-casamento-de-pessoas-do-mesmo-sexo-e-obra-do-anticristo/).

O movimento contra o Pr. Silas Malafaia não quer criminalizar só a religião, mas também a biologia. Como haverá na escola e no curso superior específico, aulas de biologia, vão querer criminalizar a educação.

Por tudo isso, nós evangélicos reivindicamos o direito de liberdade de expressão para nós, para os biólogos, educadores e para toda a população, assim como o direito de liberdade religiosa.

A Bíblia diz que “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos” (Salmos 100: 3). Também diz que “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1: 27). A Bíblia reprova agir contra a própria natureza: “Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza” (Romanos 1: 26, 27). Não impomos nossas crenças a ninguém, mas queremos a liberdade de pregar o evangelho, o que não pode acontecer sem a mensagem central de arrependimento, que presume a definição do que é pecado.

Na situação em questão, porém, o Pr. Silas não estava nem mesmo entrando na questão moral do arrependimento, mas do problema da desfiguração da imagem reconhecida de pai pela maioria da sociedade e pelo processo natural. O seu alvo não foi a pessoa com disforia de “gênero”, mas a empresa de cosméticos, em seu oportunismo e desdém para com o sentimento e a sensibilidade da maioria do povo brasileiro. Fomos agredidos como pais, como famílias, na medida em que fomos confrontados, em relação a uma dada emblemática, com uma confusão de papéis que não apenas não reconhecemos, mas que confunde os nossos filhos.

Rev. Glauco Barreira Magalhães Filho


domingo, 5 de julho de 2020

O INCENTIVO DE UM PAI CRENTE PARA OS FILHOS UNIVERSITÁRIOS

No século XVIII, os irmãos John e Charles Wesley estavam na Universidade de Oxford, onde fundaram o "Clube Santo", um grupo de estudantes universitrários que se reuniam para cultivar a piedade, ler a Bíblia e amparar os necessitados. Isso foi a sementeira que produziu o mais poderoso avivamento espiritual da história da Inglaterra. A nação estava sucumbindo ao deísmo iluminista, quando foi sacudida pelo poder do Deus vivo.
O "Clube Santo" era ridicularizado pela maioria dos estudantes de Oxford. Mas, os irmãos Wesley tiveram o incentivo de seus pais. John escreveu ao pai para pedir conselho e o pai lhe respondeu: "EU TENHO A MAIS ELEVADA RAZÃO PARA DAR GLÓRIAS A DEUS, QUE ELE TENHA ME DADO DOIS FILHOS JUNTOS EM OXFORD, AOS QUAIS ELE TEM DADO A GRAÇA E A CORAGEM PARA TRANSFORMAR A GUERRA CONTRA O MUNDO E O DIABO, QUE É A MELHOR MANEIRA DE VENCÊ-LOS"


sábado, 27 de junho de 2020

O PERIGO DE DESDENHAR DAS LIBERDADES CONSTITUCIONAIS











O grande jurista americano, Roscoe Pound (1870-1964), disse:

"ATUALMENTE, EM ÉPOCA DE CULTO AO ABSOLUTISMO, DE CONFIANÇA NA FORÇA MAIS DO QUE NA RAZÃO, E DE FILOSOFIAS CORRENTES QUE DESACREDITAM A LIBERDADE E COLOCAM A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES MATERIAIS COMO O BEM MAIS ELEVADO E OBJETIVO DO GOVERNO, OS QUE ESCREVEM A RESPEITO DA CIÊNCIA DO GOVERNO INCLINAM-SE A FALAR DESDENHOSAMENTE DESSES DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS."[1]


[1] POUND, Roscoe. Liberdades e Garantias Constitucionais. Trad. E. Jacy Monteiro. 2ª ed. São Paulo: IBRASA, 1976, p. 83.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

A LIBERDADE DE PALAVRA E DE IMPRENSA NO CORAÇÃO DA AMÉRICA




ROSCOE POUND





Em 1734, a coroa inglesa nomeou Cosby como governador de Nova York. Cosby, seguindo o autoritarismo da dinastia dos Stuarts, perseguiu os divergentes. Para isso, teve apoio de Cortes Superiores e criou tribunais de "equidade" (exceção), diminuindo a importância dos julgamentos pelo júri.
Zenger, que publicava um jornal em Nova York depois de 1733, fez comentários contrários às práticas arbitrárias de Cosby. O governador Cosby, então estabeleceu a censura, o que fez Zenger replicar em ousado artigo no qual denunciava o controle sobre a liberdade de imprensa.  À pedido do governador, um dos juízes da Corte Suprema atacou o grande júri, mas o grande júri resistiu e não aceitou acusação contra Zenger. A pressão, porém, continuou e Zenger foi acusado. Andrew Hamilton, grande jurista da época, veio da Filadélfia para defender Zenger . O processo despertou interesse em todo o país, aumentando as tensões entre os americanos e os governantes autoritários. A partir daí, o desejo de liberdade aumentou.
O conhecido jurista e filósofo do século XX, Roscoe Pound, disse sobre esse episódio: “Sentia-se como sendo intolerável a situação em que ninguém pudesse criticar o funcionamento do governo nem mesmo tecer-lhe comentários. Tal o fundo imediato do dispositivo relativo à liberdade de palavra e da imprensa em todas as declarações de direitos da América[1]

Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho




[1] POUND, Roscoe. Liberdades e Garantias Constitucionais. Trad. E. Jacy Monteiro. 2ª ed. São Paulo: IBRASA, 1976, 57

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

FIDELIDADE DA PALAVRA DE DEUS


“Quando eu entrar no mundo invisível, não espero encontrar as coisas diferentes daquilo que a Palavra de Deus as apresenta para mim aqui. A voz que espero então ouvir será a mesma que ouço agora na Terra, e pretendo dizer: ISTO É DE FATO O QUE DEUS ME DISSE; E QUÃO GRATO ESTOU PORQUE NÃO ESPEREI VER PARA SÓ ENTÃO CRER” (Adolph Monod)

O Livro inigualável!


“O único estilo que me satisfaz é o das Escrituras. Nem o meu próprio estilo nem o estilo de nenhum outro homem podem me satisfazer. Eu preciso ler apenas três ou quatro versículos para me certificar de que foram inspirados por Deus, por causa do seu estilo inimitável. É o estilo do palácio real” (Oetinger)

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Charles Spurgeon aos universitários








“E para você, meu jovem universitário, sinto-me impelido a dizer que creio que teremos muito mais bênçãos do que já temos quando o espírito de oração nas faculdades for maior do que é atualmente; embora me regozijo em saber que ele é fervente e profundo agora.” (CHARLES SPURGEON falando no Tabernáculo Metropolitano em 07 de agosto de 1873)

sábado, 25 de janeiro de 2020

Lições sobre o rei Davi - Mensagem no túnel das escavações da cidade de Davi


O PERIGO DO EVOLUCIONISMO TEÍSTA E DO ANIQUILACIONISMO




Duas posturas teológicas perigosas:  O evolucionismo teísta e o aniquiliacionismo. Ao tentar conciliar o relato bíblico da criação com a evolução quebra-se o relato do pecado original. Ao negar o tormento eterno, nega-se a profundidade da redenção e a gravidade do pecado. O evolucionismo teísta e o aniquilacionismo tiram o significado do sacrifício de Cristo. Por esses caminhos, ou seja, pelas "pontas", o diabo vai seduzindo "cristãos" para negar a santa e bendita LOUCURA DA CRUZ!

"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus." (1 Coríntios 1:18)

Rev. Glauco B. Magalhães Filho